A equipe masculina de polo aquático lutou, mas não resistiu ao Canadá e acabou derrotada na última exibição do Mundial de Kazan. O Brasil entrou na piscina na madrugada desta quinta brigando pelo nono lugar, mas perdeu por 12 a 10 na disputa de pênaltis e encerrou sua participação na Rússia em décimo lugar, com uma vitória, um empate e três derrotas. Esse foi o melhor desempenho da equipe na história da competição, superando o 12º lugar conquistado em Madri 1986 e Perth 1998.
Brasileiros e canadenses haviam se enfrentado na primeira fase, quando os comandados de Ratko Rudic perdeu por 10 a 6. Porém, o equilíbrio da partida desta quinta mostrou a evolução da equipe verde-amarela, embalada pelo bronze na SuperFinal da Liga Mundial e pela prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
O Canadá saiu na frente no primeiro período, mas Felipe Perrone e Gustavo “Grummy” Guimarães buscaram o empate (2 a 2). Os adversários fizeram mais um, mas Vrlic tornou a igualar no marcador. O Brasil foi melhor no terceiro período e virou a partida com dois gols de Adria e um de Vrlic, mas sofreu mais um no estouro do cronômetro e foi para a última parcial vencendo por um gol (6 a 5). No último quarto, o Canadá fez 2 a 1 e forçou a disputa de pênaltis, na qual converteu todas as cobranças. O Brasil desperdiçou dois chutes e acabou derrotado por 12 a 10.
“Acho que diferente do outro jogo contra o Canadá, o nosso time se portou de maneira mais contundente na marcação”, avaliou Grummy. “Por alguns erros, não saímos com a vitória. Mas não se deve responsabilizar ninguém. Somos um grupo: ganhamos e perdemos juntos. O importante foi que fizemos a melhor campanha da história, subimos ao pódio em competições importantes, e mostramos que estamos no caminho correto para a Olimpíada do Rio. E que temos condições de manter um jogo em alto nível o tempo inteiro.”
Para Ivez Gonzalez, se a partida tivesse ido para a prorrogação, o cenário poderia ter sido diferente. “Não considero os pênaltis a maneira mais justa de definir um vencedor. Deveria ainda ter a prorrogação. Queríamos terminar entre os oito melhores, mas não foi possível. Eu acho que fizemos uma ótima partida e poderíamos ter vencido no tempo normal. O Brasil mostrou que tem condições de brigar por uma medalha olímpica. E cada jogo no Mundial serviu de aprendizado e para amadurecer o grupo”, completou.