O Brasil 1 confirmou o bom desempenho que tem apresentado nas regatas locais e conquistou hoje a terceira colocação na in-port race de Portsmouth, na Inglaterra. A vitória ficou com o ABN Amro 1, que foi seguido pelos norte-americanos do Piratas do Caribe.
Com este resultado, a equipe nacional consolida o terceiro lugar na classificação geral, com 52 pontos. Campeão antecipado, o ABN 1 agora soma 84,5, contra 59,5 do Piratas, segundo colocado. A quarta posição é o ABN 2, com 48,5 pontos. “A prova foi bem difícil, com o vento variando muito e rajadas de chuva. Fizemos uma boa largada, mas preferimos uma tática conservadora. O Piratas arriscou e deu certo. Fizemos a prova em função de ABN 2 e Ericsson, que são os nossos concorrentes pelo terceiro lugar”, explica Torben Grael, comandante do Brasil 1.
O clima dificultou bastante o trabalho dos competidores. Ao Sul da Inglaterra, já depois do Canal de Solent, os barcos enfrentaram condições que mudavam a cada perna. Em um momento, por exemplo, os barcos velejavam a menos de 10 nós e com céu aberto, para, na próxima bóia, encontrar chuva forte e rajadas de 25 nós.
Nessas condições, quem se beneficiou foi o norte-americano Piratas do Caribe. Paul Cayard e sua tripulação escolheram o lado esquerdo da raia, enquanto o restante da flotilha ficou na direita. “Fizemos a regata direitinho, acertamos todas as manobras. A única diferença foi mesmo a largada, que eles acertaram na esquerda da raia. Mas fomos conservadores e velejamos para ficar entre os três primeiros e nos manter no pódio no geral. Sabemos que é difícil pegar o Piratas agora, com apenas mais três possibilidades de pontuar”, analisou o regulador de velas Marcelo Ferreira.
A única esperança dos brasileiros veio no meio da prova, quando, após uma manobra apressada, os norte-americanos rasgaram a vela balão. “Antes de uma bóia, pegamos uma nuvem que aumentou a velocidade do vento e ainda mudou a direção. Com isso, todos tivemos de dar um jibe rápido e ainda trocar o balão para a aproximação. Nessa manobra, eles rasgaram a vela que iriam usar e nós começamos a nos aproximar. Uma pena que o vento continuou rondando e rapidamente tivemos de subir uma genoa e não conseguimos chegar tanto”, explicou João Signorini.
A prova serviu também para mostrar a superioridade do campeão ABN 1 em relação aos outros barcos. “Eles foram embora na velocidade. É difícil falar em vencer com eles na briga, porque eles ganham tudo”, resumiu Torben. “Não dá mais para discutir com o ABN 1. Não tem mais disputa com eles, é uma classe completamente diferente, em termos de velocidade”, completou Marcelo Ferreira.
Com a vitória desta segunda-feira, o ABN 1 soma 16 pontos nas regatas de porto, contra 14 de Brasil 1 e movistar e 13,5 do Piratas do Caribe, quarto lugar. A sétima e última regata local será disputada dia 10 de junho, em Roterdã.
