O Brasil 1 perdeu a liderança da sétima etapa da Volvo Ocean Race, mas continua brigando pelas primeiras posições na viagem até a Inglaterra. Segundo o boletim das 13h de Brasília, Torben Grael e sua tripulação estavam a apenas cinco milhas do Ericsson, representante da Suécia.
Líder da classificação geral e vencedor de cinco das sete pernas disputadas, o ABN Amro One lidera a etapa. O Ericsson está a 19 milhas e o Brasil 1, a 24. “Passamos por um trecho da Corrente do Golfo. O ideal era ter pego esta ‘carona’ um pouco mais ao sul, para aproveitar os dois ou três nós a favor que a corrente nos dá por umas 75 milhas. O Ericsson e ABN One se beneficiaram mais desta situação”, explica o diretor técnico e tripulante do Brasil 1, Horacio Carabelli.
Os barcos já estão velejando em direção à Inglaterra, após passar os primeiros dias da perna velejando para o norte, mais perto à costa do continente americano. Enfrentando forte contravento desde quinta-feira (11/5), quando a flotilha deixou Nova York, agora os barcos já reclamam da falta de vento.
“Para variar, ao sairmos de Nova York encontramos contravento, sempre com muita onda. O Brasil 1 não parava de bater, tornando qualquer tarefa a bordo muito difícil, seja ela dormir, comer ou, claro, escrever”, conta o comandante Torben Grael. “Ao que parece, a etapa vai durar muito mais do que o previsto. Além do vento contra, agora também estamos com vento mais fraco. Espero que o restante da regata seja um pouquinho mais rápido”, completou o bicampeão olímpico.
Nesta terça-feira, o Brasil 1 vai passar pelo local em que o Titanic naufragou. O fato causou impacto a bordo. “Cerca de 170 milhas a nossa frente chegaremos exatamente ao local em que o Titanic afundou. É incrível pensar nas vidas que foram perdidas aqui, logo do nosso lado. Mas com o frio da água, é inacreditável que tanta gente tenha se salvado. O mar é um amigo para tratar com respeito. Somos muito vulneráveis perante a sua força e imensidão”, diz Carabelli.
