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Bolsa Atleta atende 70% dos atletas da delegação paraolímpica brasileira

Arquivo Geral

14/01/2009 0h00

Brasília – O Bolsa Atleta é responsável, hoje, pela ajuda financeira da maioria dos atletas paraolímpicos que integram a delegação brasileira. De acordo com Herval Barros, diretor do Departamento de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte, 70% dos atletas são atendidos pelo programa.


Barros considera que, se não fosse o Bolsa Atleta, o esporte paraolímpico brasileiro não atingiria o nível de excelência internacional em que está situado atualmente. “Se não fosse o Bolsa Atleta, o desenvolvimento do nosso esporte paraolímpico não teria atingido o nível internacional que atingiu”, disse em entrevista hoje (14) à Rádio Nacional.


Outro ponto importante destacado pelo diretor do Ministério do Esporte, é o fato do Bolsa Atleta ter se transformado num instrumento de incentivo para que o atleta que está começando, e que não tem patrocínio, possa continuar a desempenhar sua atividade cada vez com mais qualidade. “Ela tem servido de incentivo para os jovens atletas que estão começando na carreira, e se destacam, e que ainda não tem oportunidade de ser atendido pelo patrocinador”, afirmou.


O valor das bolsas varia entre R$ 300 e R$ 2.500 mensais, dependendo da categoria, e são concedidas a atletas que tenham bons desempenhos nas competições que participam, obtendo uma das três primeiras colocações. “O atleta para fazer jus a bolsa tem que ter tido resultado [nos três primeiros lugares], é um programa muito interessante, que é baseado efetivamente na eficiência e na eficácia do atleta”, disse.


A necessidade do atleta obter uma boa colocação nas competições para conseguir a bolsa, é criticada por várias entidades esportivas que defendem critérios mais flexíveis. Barros considera as críticas pertinentes e admite que no futuro o atual critério possa mudar.


“Concordo que muitas questões podem avançar, mas a gente precisa ter em conta que, há necessidades orçamentárias a serem debatidas, por exemplo, o Bolsa Atleta vem avançando ano a ano com um incremento orçamentário, começou com R$ 13 milhões, e hoje está em R$ 40 milhões por ano, quem sabe no futuro a gente possa atender a um ranking com os 10 melhores atletas de cada modalidade?”, afirmou.


Otacílio Júnior é ciclista há 12 anos, e durante  esse período só teve o patrocínio de uma empresa, na qual criou um programa de patrocínios para atletas. Mas quando a empresa fechou, ele e outros atletas ficaram sem patrocínio. Otacílio considera baixo o valor da Bolsa, principalmente para atletas que estão começando, na categoria estudantil.


“No caso da categoria estudantil, para o atleta chegar em 1º ou 3º lugar, se levar em consideração tudo que ele gastou para chegar aí,  R$ 300 (valor do Bolsa Atleta para a categoria estudantil) não cobre nem os gastos com alimentação, é muito pouco para se manter”, disse.


As inscrições para o Bolsa Atleta de 2009 começaram na última segunda-feira (12) e terminam no dia 31 de março. Até agora já se inscreveram 735 atletas.



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