Menu
Mais Esportes

Bia Maia se prepara para altos e baixos após surpreender Nadal no Rio

Arquivo Geral

27/02/2015 15h05

O desempenho da brasileira Beatriz Haddad Maia no WTA do Rio de Janeiro, na última semana, surpreendeu até o espanhol Rafael Nadal, que disputava um ATP 500 na mesma cidade. Dos vestiários do Jockey Club Brasileiro, ele acompanhou parte do duelo de quartas de final entre a paulista e a italiana Sara Errani, e se mostrou surpreso com o resultado. A brasileira chegou a ter três match-points, mas acabou derrotada depois de sofrer com fortes câimbras.

Bia, de 18 anos, entrou na chave do WTA do Rio com um convite da organização e aproveitou a oportunidade. Na primeira rodada, derrotou a argentina María Irigoyen. Na sequência, a eslovena Polona Hercog, 77ª do mundo e jogadora mais bem ranqueada que superou na carreira. Depois da derrota para Errani, seu técnico Marcus Vinicius Barbosa foi abordado no vestiário por Rafael Nadal, que classificou o resultado como azar.

“É difícil dizer que o desempenho no Rio não era esperado. No tênis em uma semana pode acontecer tudo. Você pode surpreender, como perder na primeira rodada. Aquilo foi resultado de todo o trabalho que faço. Fui acreditando ponto a ponto, game a game e resultou nas quartas de final”, explicou Bia.

Considerada uma das principais promessas do tênis nacional nos últimos anos, a tenista paulista trabalhou por quase três anos com Larri Passos e desde agosto do ano passado é treinada por Marcus Vinicius Barbosa, o Bocão, também pupilo do ex-técnico de Gustavo Kuerten.

Depois de passar por duas lesões graves, Bia começou a se recuperar no circuito a partir do segundo semestre de 2014, justamente quando passou a trabalhar com Bocão. A classificação às quartas de final no WTA do Rio de Janeiro foi o melhor resultado da carreira da paulista, mais acostumada a jogar torneios da ITF, com pontuação e premiação menores.

“O jogo é na quadra . Você pode jogar contra a Errani ou uma menina de clube. Se não botar a bola do outro lado, perde. Foi assim que levei o torneio no Rio desde o começo e vou fazer com os outros. Não é porque lá era uma competição grande que vou mudar”, afirmou a brasileira.

Ainda em evolução no circuito profissional, a tenista paulista sabe que enfrentará altos e baixos nos próximos anos. Nesta semana, por exemplo, foi eliminada na primeira rodada do ITF de Campinas, perdendo para a paraguaia Montserrat González, sua amiga e parceira no vice-campeonato da chave juvenil de duplas de Roland Garros em 2012.

“O tênis é feito de semanas. Não é porque fui bem em uma, e poderia ter ido ainda melhor, que isso terá influência na outra. As meninas que jogam WTA também jogam ITF. É muito duro, ninguém desiste, tem que jogar até o último ponto. Aquilo passou, minha cabeça já está para a frente”, disse.

A preparação para as oscilações no circuito é feita em quadra com Bocão e Felipe Reis. Fora, com a psicóloga Carla di Pierro, que também atende Thomaz Bellucci, melhor brasileiro no ranking da ATP. Com a rotina de viagens, a maioria das consultas é feita pela internet.

Quando Bia joga torneios no Brasil, no entanto, Carla di Pierro acompanha de perto. A atleta também aproveita as passagens pela casa dos pais em São Paulo para se consultar pessoalmente com a psicóloga.

“Olhamos o Rio desde o início como uma grande oportunidade de experimentar, aprender e identificar em que nível a Bia está. O jogo com a Errani nos mostrou que ela pode ir longe, mas que também precisamos desenvolver algumas capacidades psicológicas importantes que geralmente atletas experientes já têm”, explicou Carla di Pierro.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado