Bernie Ecclestone não será punido pela tentativa de venda dos direitos da F-1 para o grupo de investimentos CVC, em 2005. Nesta quinta-feira, o juiz londrino Guy Newey absolveu o britânico de 83 anos de uma das acusações impostas pela companhia de mídia alemã Costantin Median.
Ex-acionista da Formula 1, a Costantin Median entrou na justiça contra Ecclestone há alguns meses, processando-o em 144 milhões de dólares (cerca de R$ 344 milhões). A empresa alemã alegava ter sido prejudicada no momento da tentativa de venda da maior categoria do automobilismo ao grupo de investimento CVC, em 2005.
O ‘chefão’ da Formula 1, porém, foi absolvido, apesar de um juiz ter admitido que Ecclestone realmente pagou um suborno de 44 milhões de dólares (aproximadamente R$ 105 milhões) ao banqueiro alemão Gerhard Gribkowsky (que foi preso pelo mesmo processo), para facilitar a venda das cotas da F-1.
“Os pagamentos foram de fato subornos. Eles foram realizados em um acordo corrupto em que o Dr. Gribkowsky, em maio de 2005, deveria facilitar a venda das cotas da F-1 pertencentes ao banco BLB a um grupo de interesse do Senhor Ecclestone. Porém, não existiu interesse do Senhor Ecclestone em vendê-la abaixo do preço”, explicou Guy Newey.
Apesar de ter superado esta denúncia, Bernie ainda não está livre de todas as acusações. O dirigente, que se afastou do conselho da Fórmula 1 assim que soube que enfrentaria o julgamento, ainda terá de voltar ao tribunal, desta vez na Alemanha, em abril deste ano, pelas acusações de suborno ao banqueiro Gerhard Gribkowsky.
O alemão, que era responsável pela venda das ações da Formula 1 do banco BayernLB, já foi considerado culpado de corrupção, evasão fiscal e abuso de confiança em um tribunal de Munique. Ele foi condenado a oito anos e meio de prisão na Alemanha e cumpre a pena atualmente.