O brasileiro Thomaz Bellucci sai do fim de semana de Copa Davis com duas certezas. A primeira é que o tênis nacional ganhou força com a épica vitória por 3 a 1 sobre a Espanha nos playoffs do Grupo Mundial, no Ginásio do Ibirapuera. A segunda, que consegue voltar ao top-50 do ranking mundial se mantiver o nível apresentado em São Paulo.
Bellucci liderou o Brasil na vitória por 3 a 1 sobre a Espanha, em São Paulo, que recolocou a equipe nacional na elite da Copa Davis, eliminando um time pentacampeão do torneio. Mesmo sem suas estrelas, a equipe europeia era considerada franca favorita para o duelo disputado no Ibirapuera.
O tenista paulista marcou o primeiro e o terceiro pontos do Brasil, derrotando Pablo Andújar, na sexta-feira, e o 15º colocado do ranking Roberto Bautista Agut, neste domingo. A outra vitória nacional ocorreu no jogo de duplas, no sábado, em que Marcelo Melo e Bruno Soares superaram Marc López e David Marrero.
“Essa vitória foi pessoal, mas além de tudo foi do tênis brasileiro porque a gente tem poucos jogadores entre os 100 ou 200 do mundo e derrotou a Espanha, que tem 12 no top-100. É um feito e tanto para a gente”, disse Bellucci, após o encerramento do confronto.
As duas vitórias do tenista paulista em São Paulo foram sobre jogadores mais bem posicionados do que ele no ranking mundial. Na sexta, derrotou Andújar, 44º da lista da ATP, em uma dramática virada. Neste domingo, o 83º colocado superou por 3 sets a 1, Bautista Agut, 15º do mundo e uma das sensações da temporada.
“Se eu conseguir jogar no mesmo nível que apresentei aqui, não me preocupam muito os pontos que preciso defender até o fim do ano. Com o tempo, vou conseguir voltar ao meu ranking normal. O mais importante é estar com cabeça limpa para os próximos torneios. Se conseguir isso, voltar a ficar entre os 50 do mundo é consequência”, afirmou.
Bellucci entrou na temporada de 2014 tentando se recuperar no circuito profissional, depois de sofrer com lesões e resultados negativos no ano passado. O brasileiro começou a trabalhar com o espanhol Francisco Clavet de treinador, mas ainda não teve a ascensão esperada.
