Marcus Pereira
marcus.eduardo@jornaldebrasilia.com.br
No último final de semana do mês, o ultramaratonista de Brasília Juvam Palmeira estará cara a cara com um dos maiores desafios da história esportiva. Trata-se da Corrida Internacional da Spartathlon, que tem como objetivo refazer os passos de Fidípides, mensageiro ateniense enviado a Esparta no ano de 490 a.C. para buscar ajuda contra os persas na Batalha de Maratona, na Grécia.
Há 30 anos a prova é considerada a que mais exige da resistência de um corredor. “É uma prova com o tempo limite de 36 horas e uma distância de 245 quilômetros, onde é preciso manter uma certa regularidade, passando nos tempos determinados em diferentes marcos do percurso. Caso não passe no horário certo, você pode ser eliminado da prova”, conta Juvam, tricampeão da Volta do Lago de Brasília e especialista em provas de ultramaratona.
Juvam ainda acumula neste ano um segundo lugar na prova de 100 quilômetros de Santa Bárbara, nos Estados Unidos. Mesmo assim, garante ter dificuldades para participar da Spartatlhon.
“Em provas assim, o ideal é que o atleta tenha uma equipe de apoio, e é justamente aí onde eu terei maior dificuldade. Acontece que estou indo sozinho. Infelizmente, não consegui patrocínio, do governo nem de empresas particulares, por isso não pude montar uma. Aliás, tem sido dureza! Só consegui pagar as passagens aos 45 minutos do segundo tempo”, desabafa Juvam que, além de treinar, trabalha oito horas por dia. “Meu objetivo é terminar a prova”, finaliza.