A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) não irá recomendar a adoção dos sets de 21 pontos à Federação Internacional de Voleibol (FIVB). A regra foi testada na Superliga 2013/2014, mas foi rejeitada pela maioria dos clubes em pesquisa realizada após a temporada.
O pedido de adoção veio da FIVB, comandada pelo brasileiro Ary Graça, que introduziu a regra para deixar as partidas mais dinâmicas, com menos tempo de duração, tornando a modalidade mais atrativa para a TV.
Os sets de 21 pontos alcançaram a meta de reduzir o tempo de partida. Na Superliga masculina, a duração média dos jogos caiu de 2h06 para 1h43, em comparação com a temporada 2012/2013, na qual as partidas terminavam após 25 pontos. No feminino, a medida também deu certo, com a queda do tempo de 1h51 para 1h40.
Apesar do objetivo alcançado, a proposta não agradou os clubes e atletas da Superliga. Dos 26 times, 15 responderam o questionário da FIVB. Todos foram unânimes ao apontar a dificuldade de se recuperar após um começo de set difícil. Também indicaram que a medida não deu tempo de jogo para determinados jogadores.
Dos questionados pela FIVB, 93% acredita que a regra não ofereceu mais ritmo ao jogo, nem deixou os atletas mais focados na quadra. Já 73% afirma que a partida não ficou dinâmica.
Na próxima temporada da Superliga, os sets voltarão a ter 25 pontos na competição nacional de vôlei.