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Após mudar o programa de obras, Terracap exclui dirigentes que contestaram o novo projeto

Arquivo Geral

05/11/2014 8h42

Um dia após trazerem o piloto da Fórmula Indy Tony Kanaan para promover a prova em março do ano que vem, no Autódromo Nelson Piquet, o GDF e a presidente da Terracap, Maruska Lima, cancelaram uma reunião com a Apex e entidades das categorias – Federação de Motociclismo, Capital Racing, Confederação de Automobilismo (CBA) e Motociclismo (CBM) -, na qual pretendiam apresentar o novo projeto para o autódromo.

Com o prazo curto para as obras, no entanto, dificilmente a Terracap terá apoio das confederações. “Há três anos buscamos um modelo que se adequasse às duas modalidades e conseguimos. Agora eles o modificaram. Eu não tenho conhecimento desse novo projeto e não posso falar sobre ele”, explica o presidente da CBM, Firmo Alves.

 O presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, aguarda a Terracap, mas se posiciona contra a mudança de última hora. “Recebi um e-mail falando que (a reunião) não ia mais ocorrer. Sou contrário a qualquer mudança no momento. Estou aguardando me chamarem para eu ter ciência disso de maneira formal”, cobra a autoridade.

As margens

Por dentro de todo o processo envolvendo a modernização do autódromo, o presidente da Federação de Motociclismo do DF, Carlos Senise, parece ter virado persona non grata entre os mentores da Indy em Brasília. Desde que “denunciou” uma série de falhas no novo cronograma e os revelou ao Jornal de Brasília, ele não foi sequer é atendido. “Ela (Maruska) está nos tratando como trata como trata a imprensa. Não fala com mais ninguém.”

Outro membro descontente com a troca repentina de projeto e que tem sido ignorado é Alan Ricardo, presidente da Capital Racing, empresa responsável pelas competições de motovelocidade no autódromo de Brasília. 

O JBr. tentou contato com Maruska Lima, mas ela não respondeu até o fechamento desta edição.

Consultoria está disponível

Diferentemente da desaprovação do presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, o representante da CBM Firmo Alves não faz tanto alarde sobre o assunto e só exige que o lugar seja capaz de receber provas das duas categorias. 

De acordo com ele, há uma regra básica para a construção de um circuito: autódromo que recebe eventos de moto, recebe também os de carro. Mas nem sempre a situação se aplica na inversão das partes.

“Goiânia não teve o cuidado de nos consultar antes de reformar o Ayrton Senna e não serve para a MotoGP. Se quisesse sediar o evento, teria de reconstruir o lugar praticamente todo”, exemplifica o presidente.

Esperança

Quanto maior o evento, maior a velocidade da moto, ou carro, e mais criteriosa é a segurança dos elementos que compõem o circuito. “Isso está sendo elaborado nesse novo projeto. Eu espero que os representantes tenham o cuidado de seguir essas normas e incumbi o Senise para supervisionar tudo”, conta Firmo.

Ele explica que existem graus de segurança para o autódromo e graus de velocidade para cada prova. A Indy não é tão exigente como uma Fórmula-1, por exemplo.

“Se precisarem de mim para ajudar na melhoria do desenho, estou à disposição e aguardando um novo pronunciamento da Terracap”, esclarece Firmo Alves. (K.M.O.)

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