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Após morte, CBA proíbe ultrapassagem na Curva do Café

Arquivo Geral

05/04/2011 13h28

Em virtude do acidente fatal que envolveu o paulista Gustavo Sondermann, a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) proibiu a ultrapassagem na Curva do Café, no autódromo de Interlagos. O piloto da Copa Montana teve morte cerebral após um grave acidente no último domingo.

 

A medida de caráter provisório foi determinada pelo presidente da CBA, Cleyton Pinteiro. Segundo ele, a bandeira amarela será utilizada nas primeiras voltas e nas provas em dias chuvosos, sinalizando a proibição de ultrapassagens.

 

“Haverá bandeira amarela, em especial nas primeiras voltas, quando os carros estão mais próximos. Depois, quando eles ficarem mais afastados uns dos outros, depende da direção da prova mantê-las”, disse Pinteiro, ao jornal Extra.

 

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Pinteiro afirmou ainda que já contatou a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para que ela faça uma visita ao local. “Solicitei hoje (segunda) à FIA o envio de um inspetor ao autódromo e enquanto não encontramos uma solução para melhorar a segurança, as corridas vão começar com bandeira amarela naquele trecho”.

 

O circuito de Interlagos conta com o aval da FIA, que classifica a pista como nível A, o nível mais alto de avaliação. Pinteiro reconhece que a Curva do Café precisa de uma área de escape, mas lembra que precisa da aprovação da FIA antes de fazer qualquer mudança na pista. “Não posso mexer no autódromo. Caso contrário, perco a homologação da FIA para a F-1”, disse, à Folha de S.Paulo.

 

O piloto Gustavo Sondermann, de 29 anos, não foi a primeira vítima da Curva do Café. Na etapa de encerramento da Stock Light em 2007, o paranaense Rafael Sperafico sofreu um acidente fatal ao bater na barreira de pneus da reduzida área de escape da região e voltar à pista, quando foi atingido pelo carro do piloto Renato Russo.

 

Depois de mais um acidente, o presidente da CBA reconheceu que é necessário construir uma maior área de escape para este setor do autódromo. “Penso que não há outra saída para o local a não ser a ampliação da área de escape. O espaço necessário é grande e fugiria à área do circuito, pois o muro do perímetro do autódromo não está longe do local”, explicou, ao Estadão.

 

Para resolver este problema, seria necessário destruir parte da arquibancada, algo que está nos planos da CBA. Por ora, a ordem é esperar a visita da FIA antes de tomar qualquer decisão definitiva.

 

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