Carlos Arthur Nuzman, à frente da organização e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) assegurou hoje em Copenhague que esta semana convocará uma reunião com Governo e autoridades locais para “definir os próximos passos”.
Ele revelou ainda que o Comitê Olímpico Internacional (COI) lhe aconselhou que “relaxasse” até a primeira reunião de trabalho, a ser realizada em novembro no Rio de Janeiro.
A pressa de Nuzman é a mesma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu ontem mesmo começar as obras de forma imediata para garantir que o Rio organize os Jogos “mais extraordinários que este mundo viu”.
O comitê carioca prevê um investimento de US$ 11,1 bilhões em infraestrutura, que significarão uma revolução urbanística para a cidade e cujo desenvolvimento será totalmente necessário para realizar bem os Jogos.
Com orçamento previsto de US$ 5,5 bilhões, o transporte é o que prevê mais preocupação. Obras como a ampliação do metrô, modernização dos trens de superfície e a criação de um sistema de ônibus em faixas seletivas dependiam da vitória, e até agora não saíram do papel.
Em seu relatório, o COI alertou que podem ocorrer problemas “críticos” se não houver eficiência no sistema de transporte, devido às grandes distâncias entre as instalações esportivas e a zona hoteleira.
A Prefeitura prometeu ampliar o metrô mais que o prometido no relatório de candidatura, e já deve tomar decisões a partir de segunda. Outra obra que não estava prevista no projeto é o trem de alta velocidade que ligará Rio e São Paulo, que permitirá a conexão rápida e eficiente entre as cidades.
O Governo espera licitar o projeto no final deste ano e começar as obras em 2010, o que deverá fazer com que fique pronto a tempo para os Jogos – mas já há quem diga que o trajeto, de aproximadamente 500 quilômetros, não ficará pronto antes do Mundial de 2014.
