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Apoiado por companheiros, Diego Hypólito já sonha com final olímpica

Arquivo Geral

11/09/2007 0h00

Bicampeão mundial no solo, o ginasta Diego Hypólito será o representante brasileiro nas Olimpíadas de Pequim-2008. Com a 17ª colocação no Mundial de Stuttgart, a equipe masculina obteve uma vaga nos Jogos chineses. Apesar de a vaga ser do país e não nominal, o ginasta paulista é o nome da vez, indicado até mesmo pelos companheiros de seleção, e já faz planos para sua estréia olímpica.


 


“A vaga é da equipe, mas ele tem que disputar a olimpíada porque ele é o cara com chance de conseguir medalha”, admite o ginasta Mosiah Rodrigues. Ele foi o representante nacional nas Olimpíadas de Atenas-2004. “2004 foi a minha, esta é do Diego, tomara que a próxima seja da equipe”, completa, prometendo a colaboração do grupo para o sucesso do companheiro na China. “Agora é dar força para o Diego porque eu recebi muita na época em que fui”.


 


Aclamado pelos amigos da seleção, Diego confessa já ter realizado o projeto pessoal e almeja uma final em Pequim. “Fico feliz com isso (apoio), vou precisar. O meu sonho era esse”, começa, prometendo entrar de cabeça na competição. “O pensamento inicial é defender o meu país, chegando lá é conseguir uma final”, diz.


 


Comparando as duas competições – Mundial e Olimpíada -, Diego ressalta que a seletiva olímpica foi até mais difícil que deverá ser o desafio na próxima temporada. “Eram ‘milhares’ competindo pelas vagas”, lembra, revelando certa mágoa por comentários classificando como decepcionante o fato do masculino só ter obtido uma vaga. “Isto que as meninas conseguiram (classificar a equipe com a quinta colocação) não é de agora, nós conseguimos agora”.


 


Diego compara os resultados da campanha brasileira nos dois últimos Mundiais para falar da evolução do grupo. Em Aarhus, 2006, o Brasil foi 18º, melhorando uma posição este ano. “Melhoramos três pontos, mas a concorrência do masculino é muito grande. Frustrante seria ficar em 19º, ficando muito perto e não indo à Olimpíada”, desabafa o atleta.


 


Pelos critérios de classificação, os países que terminaram até a 12ª posição classificaram a equipe completa. De 13º a 15º lugares, levam dois ginastas e do 16º ao 18º, um. “Nosso sonho era levar dois atletas, mas esta vaga é do Brasil. Estou muito contente com a equipe e muito satisfeito com meu trabalho”.


 


A satisfação pela oportunidade olímpica supera até sua alegria pelo título mundial, garante. “O objetivo era a vaga, não a medalha. Se não conseguisse ir para a Olimpíada ficaria muito frustrado por saber que podia ter medalha, mas não a classificação”, explica, afirmando que a ‘ficha’ pelo título mundial só caiu no dia do embarque para o Brasil.


 


“Só ontem, no ônibus, me dei conta”, garante, discordando que a conquista tenha sido facilitada pela ausência de dois de seus principais adversários. Campeão do aparelho em 2006, quando Diego foi prata, o romeno Marian Dragulesco não pôde competir por causa de problemas nas costas. Atual campeão olímpico, o canadense Kyle Shewfelt também ficou de fora porque quebrou as duas pernas durante um treinamento. “Infelizmente, eles não competiram. Mas facilitado não foi nunca”.

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