Classificada para a final dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a seleção feminina de handebol agora aguarda para saber quem será seu adversário na decisão, que sairá do duelo entre México e Argentina, nesta quinta-feira. Após eliminar o Uruguai por 40 a 22, o técnico Morten Soubak faz uma análise das duas seleções, já pensando na próxima estratégia que o Brasil deve adotar em quadra.
“Tenho o maior respeito tanto pelo México quanto pela Argentina. Já tivemos uma história com a Argentina e elas estão se matando para ganhar da gente. Elas têm um time muito bem organizado, que vamos tratar com o maior respeito. Depois da derrota contra Cuba (27 x 25) aqui, elas se recuperaram e agora têm chances de chegar à final. O importante é que eu não penso no placar e, sim, em como é que vamos ganhar o próximo jogo, independentemente de ser México ou Argentina”, afirmou.
Morten também avalia que a cobrança sobre a seleção é natural, já que o Pan apresentou um desnível técnico grande entre suas comandadas e as outras equipes. “Temos que cobrar porque existem elementos técnicos e táticos que têm que ser cobrado o jogo inteiro, independentemente do que está no placar”, observou.
Já a jogadora Fernanda Silva não espera uma decisão fácil, apesar da tranquilidade com a qual o Brasil conseguiu a classificação. “Acho que estamos em um nível um pouquinho acima, mas elas vêm melhorando muito. O handebol vem melhorando muito na América, tanto que tivemos algumas dificuldades. Se você for ver em Guadalajara (2011), o placar dos jogos foi muito mais elástico. Mas acho que se fizermos tudo corretamente não vamos ter dificuldade”, disse.
Artilheira da partida contra o Uruguai, com oito gols, a atleta comemorou as marcações em quadra, que levaram o Brasil a mais uma vitória tida como fácil. “É bom saber que seu número de efetividade está indo bem. É sempre gostoso e é um reconhecimento do trabalho”, concluiu.