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Alpinista brasiliense encara o Everest pela segunda vez

Arquivo Geral

29/11/2014 11h15

Para quem costuma conquistar metas a mais de 4 mil metros de altitude, visitar a família e aproveitar o ar pouco rarefeito de Brasília – localizada a pouco mais de 1100m de altitude – para recarregar as baterias antes de uma mais uma empreitada parece uma ótima ideia.

É esse o pensamento da alpinista brasiliense Fatima Williamson. Radicada em Toronto (CAN), a atleta voltou à cidade natal após um ano de hiato e afirma que o apoio de familiares e amigos é fundamental na busca do último, e mais alto, dos Sete Cumes: o Monte Everest.

“É muito bom poder voltar. A minha família me apoia muito. Dá para matar a saudade também dos amigos e da comida. Eles se preocupam muito. Muitas coisas podem acontecer na escalada, eu posso me machucar, posso morrer. Mesmo sabendo dos riscos, eles estão sempre me colocando para frente”, revela.

Futuro em perspectiva

Depois de passar por uma avalanche no Everest, que motivou uma greve dos chamados Sherpas, pessoas locais que ajudam os alpinistas a chegarem ao topo do Everest, na primeira tentativa de escalar a temida montanha mais alta do mundo, Fatima já sabe quando estará de volta ao Himalaia para tentar chegar ao topo. 

Caso consiga a façanha, ela será a primeira brasiliense, e segunda brasileira, a escalar com sucesso as sete montanhas mais altas do planeta. De acordo com ela, apenas alguns detalhes separam a brasileira de mais uma expedição.

“O governo do Nepal está próximo de dar a resposta se vamos poder usar o visto que tiramos para a primeira expedição. Outras questões menores também precisam ser definidas para que eu possa marcar a ida. Estou com 90% de certeza de que vou de novo em março”, explica alpinista.

Mergulho é a alternativa

Sem dúvidas, alcançar o topo dos chamados Sete Cumes é um desafio e tanto e está próximo de ser alcançado por Fatima. Depois de fincar a bandeira do Distrito Federal no topo do Everest, porém, a brasileira já começa a se preocupar com o que fazer depois.

“Foram muitas escaladas nesses últimos dois anos, que fizeram com que eles fossem muito dinâmicos. Muitas coisas aconteceram na minha vida nesse tempo. Quando eu fizer a última escalada, o que vai ser da minha vida”, brinca.

Saída em outro esporte

A resposta, porém, vem praticamente de pronto. Uma outra paixão antiga, também relacionada a esportes, acabou sendo deixada em segundo plano com as empreitadas do Projeto Sete Cumes pode ser a saída para Fatima. O “hobby” de estar grande parte do tempo nas alturas, porém, não será deixado de lado.

“Meu marido e eu tínhamos o costume de velejar e praticar mergulho. A gente teve que parar bastante por conta da escalada. Pretendo voltar a praticar mais vezes, mas também tenho outros projetos menores relacionados à escalada para quando eu chegar ao topo do Everest”, garante.

Saiba mais

Apenas uma brasileira conseguiu o feito de escalar com sucesso as sete montanhas mais altas do mundo.

A paulista Ana Paula Boscarioli foi a autora da façanha, que ocorreu neste ano.

É também de Boscarioli a honraria de ter sido a primeira mulher brasileira a escalar o Everest, em 2006.

Até o momento, Fatima escalou seis das sete montanhas mais altas do planeta: Aconcágua, Denali McKinley, Kilimanjaro, Elbrus, Maciço Vinson e Pirâmide Carstensz.

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