Responsável por tirar Ketleyn Quadros do Mundial de Roterdã, em agosto, a judoca Rafaela Silva procura não pensar no feito. Nascida na “Cidade de Deus” e membro de um projeto social comandado por Flávio Canto, a lutadora quer apenas mostrar seu trabalho na disputa.
“Ocupar a vaga que era da Ketleyn é uma responsabilidade, mas estou preocupada apenas em treinar mais e mostrar o meu judô”, afirmou a atleta, de 17 anos.
Campeã mundial júnior em 2008, Rafaela desbancou a primeira mulher medalhista olímpica do Brasil em esportes individuais com os títulos nas Copas do Mundo de Madrid e Belo Horizonte este ano.
“Sabia que competir bem no exterior faria diferença para garantir a vaga para o Mundial. Achei até que seria mais difícil, já que sou jovem e não conheço tanto as atletas do meu peso”, completou.
Outra cara nova na delegação brasileira é a do meio-médio Nacif Elias, de 20 anos, que ironicamente deixou Canto de fora do Mundial. “Sei que no Mundial vou ter que entrar com muita concentração para surpreender e não ser surpreendido”, comentou o capixaba.
“Depois da medalha no Grand Slam do Rio não acredito que seja mais um atleta completamente desconhecido. Fico feliz que a CBJ apostou na renovação”, afirmou o judoca.