Correr três vezes durante a semana pode parecer tarefa difícil para quem tem vida uma sedentária, o que não é o caso de Edgar Aguiar, 75 anos. A prática na corrida de rua veio somente aos 68, de acordo com ele, no momento certo.
Um quadro de 61 medalhas fazem companhia aos com cinco troféus da Corrida da Longevidade, exibidos com orgulho na estante do apartamento em Taguatinga. Otimista, Edgar promete correr os 6 km da prova que acontece no domingo, às 8h.
“Vai ser fácil, pois consigo correr até 10 km”, afirma o pintor.
Esta edição, no entanto, terá um sabor de adrenalina à mais. Nas outras corridas, Edgar sempre chegou ou em terceiro ou em segundo lugar, desta vez ele se prepara para subir ao lugar mais alto do pódio.
“Agora vai!”, promete o vovô cheio de saúde que exibe os músculos com orgulho, fruto das idas à academia no Pistão Sul.
Tudo bem melhor
Nove anos de prática renderam uma melhora significativa à vida do Edgar. A memória é um dos pontos positivos apontados por ele, fora o condicionamento físico digno de alguém bem mais jovem.
“Tudo muda. Minha alimentação é outra e a pressão alta incrivelmente diminui quando estou correndo, nem o meu médico acredita nisso”, conta.
O prazer em correr é tão grande que ao fim de uma prova ele não encontra palavras descrever a sensação boa. “Penso que foi mais um desafio vencido na minha vida”, comenta. Mas o que mais o vovô atleta curte, é quando está competindo e as pessoas perguntam sua idade durante as provas de corrida de rua.