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Julio Jardim

Instituto Cervantes recebe mostra inédita de Ima Montoya: “Quixote, a loucura de viver”

Arquivo Geral

27/10/2016 16h40

Atualizada 26/10/2016 16h56

Em 2016 é comemorado os 400 anos da morte do escritor Miguel de Cervantes, que deixou um imenso legado ao mundo. Por isso, o Instituto Cervantes de Brasília promove diversas atividades culturais que possibilitam uma viagem sobre a vida e obra do poeta, romancista, soldado e dramaturgo espanhol, também conhecido como o ‘Manco Lepanto “.

Como parte da celebração, chega à Brasília, pela primeira vez, a exposição “Quixote, a loucura de viver”, da artista plástica espanhola Ima Montoya. Montada especialmente para o Instituto Cervantes, é composta de 15 óleos sobre tela retratando uma visão contemporânea do universo de Dom Quixote. A mostra fica em cartaz de 23 de setembro a 31 de outubro, no Espaço Cultural do Instituto Cervantes.

Para a exposição a pintora traz uma abordagem diferente das imagens pré estabelecidas das figuras quixotescas conhecidas pelo leitor. As telas retratam o olhar da artista para um “Quixote do século 21” e sua vida nos dias de hoje, na intenção de que o espectador se identifique e crie cumplicidade com os personagens e seus desejos. “Quero que tirem Quixote da estante de leitura e o vejam em um pub, ferido, com os olhos brilhantes e cheio de paixão”, afirma.

Montoya também coloca em suas obras uma crítica sobre o mundo atual e o comportamento humano. Em algumas pinturas, há gruas de construção que são como uma espécie de metáfora dos moinhos de vento enfrentados por Quixote. “Agora são grandes construções industriais que estão gerando graves problemas em muitos países, sobretudo, quando deixam de gerar empregos. Lá está a figura do Quixote, de todos nós, representada por um homem que está acima dessas estruturas”, explica Montoya.

A mostra, no entanto, não perde a aura conceitual que gira em torno do romance escrito por Cervantes. Aspectos como sonhos, loucura, amizade, amor, humor estão expressos nas obras. Na tela de intitulada Dulcineia, há um espelho no meio da pintura onde a pessoa se vê, dando a sensação de que o rosto refletido é Dulcineia. “Quixote não é uma pessoa de 1.600 anos. Quixote somos você e eu”, conclui a pintora.

Sobre a pintora
Graduada em Belas Artes pela Universidade do País Basco, Ima Montoya nasceu e cresceu nas margens do rio Nervión, em Bilbao, na Espanha. A região é famosa pelas frotas de pesca, construção naval e produção de aço, um lugar de indústria. Como a maioria das pessoas do Nervión, Motoya herdou o trabalho duro na indústria, que traz para o seu trabalho os atributos de força, energia e um senso de propósito. Também como muitos de seus antepassados, viajou pelo mar em busca de novas possibilidades. Ima Montoya viveu e trabalhou em grandes capitais culturais, como Madrid, Londres, Tóquio, Moscou e Budapeste. Atualmente, mora Cidade do México.

Trajetória

2016 –  “Made in Spain – Arte Español de Hoy”, exposição coletiva no MAD Antequera, Málaga; “Transitos” Exposición, mostra individual na Galeria Espaõ e Lugar, no México.

2015 – Mostra “Made in Spain – Arte Español de Hoy”, na Fundação Cini de Venecia, na Bienal de Veneza e na Semana de Arte Russa, em Moscou.

2014 – “Obra del Mes”, no Museu Bicentenário de Toluca, no Estado do México.

2013 – “Windows to Europe” na Sede de Comissão Europeia, em Bucarest; “Luces y Sombras” no Instituto Cervantes, em Budapeste.

2012 – International Art Market Budapest 2012, em Budapeste; “Meeting at the Crossroads”, Veresov Gallery, em  Moscou; “Estructuras Humanas”, no Portico Gallery, em Londres; exposição coletiva na Veresov Gallery, em Moscou.

2011 – Subasta Diemas Dream, no Whitehall, em Londres e Moscou; “Hatsuden” exposição coletiva no Japanese Red Cross Fund Raising Exhibition, Tókio; “De Paso”, em Bilbao; “Ventanas a Europa”,na Progress Gallery, emBelgrado.

2010 – “Col-lectiva 10 d’Art”, exposição coletiva, em Barcelona;  “Ventanas a Europa”, em Budapeste; “Human Landscape Inside Europe”, em Bruxelas; “United Ambassadors of Art”, em Moscou.

2009 – “Subasta Diemas Dream” e “ Pasaje Bilbao Moscú”,  em Moscou.

2008 – “No puedo de otra forma”, no Museu de Arte Moderna de Moscou.

2007 – “Transiciones”, no Instituto Cervantes em Moscou; participou do International Simposium of Art, Gyor Museo de Arte, Hungria.

2003 – “The Chase Contemporary Art Exhibition”, no Royal College of Art, Londres; Exposição individual, D’Art Gallery, Londres; Exposição coletiva, Galeria Catalogo General,  Bilbao; Exposição individual, JCC Gallery,Tókio.

2002 -“Kokoro”, Museo de Asia,Havana.

2001 – “Exhibition Asian Modern Art”, Tokyo Metropolitan Museum, Tókio; “Basho”, Ginza Hasegawa Gallery, Tókio; Exposição individual na Galeria Plaza Caetla,Yokohama, Japão; “Independent Japanese Exhibition”, no Tokyo Metropolitan Museum,Tókio.

2000 – “Jiyu Bijutsuten”, Tokyo Metropolitan Art Museum, Tókio.

1999 – “TILC Spring Exhibition”, The Queen Alice Gallery, Tókio.

1985 -“15”, Getxo Hall of Culture, Bilbao.

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