O argentino David Nalbandian não escondeu seu contentamento ao receber a notícia de que a suspensão de seu compatriota Mariano Puerta foi reduzida de oito para dois anos. Flagrado pelo exame antidoping no ano passado em Roland Garros pelo uso do estimulante etilefrina, Puerta alegou que a substância foi usada por negligência e poderá retornar ao circuito em julho de 2007.
Mesmo feliz pelas boas novas do amigo, Nalbandian desconfiou dos critérios utilizados na decisão pela Corte de Arbitragem Esportiva, a CAS. “Como colega e como atleta, é uma ótima notícia, porque ele terá a chance de voltar a jogar logo. No entanto, ficam muitas dúvidas no ar: por que primeiro a suspensão, e depois a redução?”, perguntou o número três do mundo.
Nalbandian disse que acha que a redução da pena pode reagir de forma excessivamente polêmica entre os tenistas do circuito. Segundo ele, além de criar rejeição sobre Puerta, o caso pode levar a uma redução desnecessária do uso de suplementos benéficos.
“Os jogadores não terão a segurança de fazerem direito as coisas, porque você faz de uma maneira e depois acontece um imprevisto como esse”, explicou o melhor sul-americano do ranking da ATP.
