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Brasília

Bodega de La Habana revela os sabores de Cuba

Restaurante é um os únicos a servir a comida da ilha latino-americana no Brasil

Luciana Barbo

03/06/2019 11h06

Atualizada 07/01/2020 1h07

A afinidade de ingredientes entre Cuba e o Brasil encorajaram o chef Miguel Padilla a abrir um restaurante para divulgar os sabores de lá em pleno Planalto Central. Natural da ilha latino-americana, ele veio a Brasília pela primeira vez para visitar o pai, veterinário que mora há anos por aqui. Acabou ficando.

Chef Miguel Padilla (Foto: Isabella de Melo)

Com formação em escola de gastronomia de seu país e passagem por redes hoteleiras de lá, encontrou trabalho em restaurantes de Brasília, como o Liv Lounge, o já extinto Fusion e o Gero. Até que em dezembro de 2016 montou seu próprio negócio, numa loja pequenina no Jardim Botânico. Com o sucesso do empreendimento, Miguel decidiu ocupar a loja que havia sido o Jambu e o Léo, do chef Leandro Nunes, na Vila Planalto.

Confesso que descobri a casa recentemente pelo Instagram e já na primeira zapeada pela rede social, senti vontade de ir conhecer. Na semana passada, fui incógnita e “solita”, como dizem os hispânicos. E gostei!

A decoração não mudou tanto, tendo em vista que os móveis do antigo empreendimento (que funcionou por alguns meses apenas) estavam novinhos. Algumas fotos e quadros foram instaladas nas paredes para remeter à Cuba.

O que comi

No menu, o que se vê é um compilado de pratos tradicionais, alguns com adaptações para agradar ao paladar brasileiro e vários deles tendo a banana da terra como protagonista. É ela, devidamente cortada em fatias e frita que acompanha o sanduíche que vem na baguete, recheada por pernil suíno, presunto, queijo, mostarda e escabeche de pepino (R$ 21,50).

Entretanto, para iniciar, preferi os bolinhos crocantes que misturam a citada fruta à barriga suína (R$ 19,50). Eles chegam à mesa escoltados por um molho de abacate e outro de pimentões. O sabor é harmônico, sendo possível sentir os dois ingredientes principais. Achei que poderiam ter mais consistência para não quebrarem enquanto são levados ao molho. E vale secar as bolinhas um pouco mais em papel para eliminar a gordura excedente.

De principal, fui de rabada com arroz Moros e Cristianos (R$ 39,90), um clássico. Cozida e desfiada, a carne é formatada em medalhões de extrema suculência. O molho é consistente, mas delicado. Já o arroz mistura diversos elementos como feijões, passas e verduras, e combina perfeitamente.

Tradicional no Brasil, a mistura da goiaba e   queijo fazem sucesso também em Cuba. A sobremesa escolhida traz a fruta levemente cozida. O miolo é substituído por creme de queijo e raspas de casca de laranja. Simples e delicioso.

O que quero comer

Quero voltar para provar os camarões e mexilhões refogados e servidos com tostones de banana; a Ropa Vieja (carne cozida com mandioca, molho cubano e ervas), a mariscada Varadero com legumes, abacaxi em calda e manjericão crocante, o pato com raspas de laranja caramelizadas e o cordeiro com lentilhas. Todos os pratos saem por menos de R$ 50.

Em tempo, a casa do Jardim Botânico fechou há alguns meses, para que o chef pudesse se dedicar ao novo ponto, cuja capacidade de atendimento é bem maior.

Serviço:
Bodega de la Habana
Vila Planalto, Avenida JK nº 2, em frente ao balão de entrada
Telefone: (61) 3551-6436
Funciona de segunda a sábado, do meio-dia às 16h, quinta a sábado, das 19h às 23h, e domingo, do meio dia às 17h.
Instagram: @bodegadelahabana

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