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Futebol

Zagallo exalta número 13 em conversa com Lula

Arquivo Geral

08/06/2006 0h00

Na vídeoconferência com o presidente da República, o coordenador técnico da seleção se empolgou no discurso. Citado como exemplo de força de vontade e vitória por Luís Inácio Lula da Silva, Zagallo deixou no ar, em ano eleitoral, uma união entre o PT e a seleção brasileira para levar o Brasil “rumo à vitória”. Como link sutil, ele usou o seu número de sorte, o 13, coincidentemente número da legenda do Partido dos Trabalhadores.

Zagallo era técnico da seleção em 1970, ano em que o tricampeonato foi muito utilizado pelo governo de Emílio Garrastazu Médici para desviar o foco da população dos problemas sociais. Atualmente, Lula está em campanha porque é candidato à reeleição. Seu partido vive enorme crise após graves descobertas de corrupção.

“Presidente, o dia da estréia do Brasil contra a Croácia é o nosso dia. É o 13 do PT e o 13 do Santo Antônio. Vamos juntos levar esta amarelinha lá para cima”, gritou Zagallo na videoconferência.

Carlos Alberto Parreira, como de costume, adotou uma postura mais sóbria. O técnico brasileiro, que era preparador físico em 1970, disse não ser alienado, mas evitou concordar com o rótulo de que o futebol seja o “ópio do povo”.

Antes de levar todos os jogadores para a videoconferência requisitada por Luís Inácio Lula da Silva, Carlos Alberto Parreira havia comentado a iniciativa do presidente. “Eu estou na seleção desde 1970. Todas as vezes fomos até Brasília nos despedir dos presidentes. Não vejo nenhum oportunismo político nisso”, disse Parreira.

O goleiro Rogério Ceni, crítico ferrenho de Lula, não se manifestou durante o encontro virtual da delegação com o presidente da República.

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