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Futebol

Três gerações da capital estão presentes no card do UFC Fight Night Brasília

Arquivo Geral

23/09/2016 7h00

Atualizada 22/09/2016 22h33

Pressionado por má fase, Pezão (E) é o mais experiente. Rani (abaixo) e Vicente (acima) tentam marcar território de vez. Fotos: Divulgação

Roberto Wagner
roberto.wagner@jornaldebrasilia.com.br

Um tem 24 anos, o outro 31 e o mais experiente 37. Em comum, Vicente Luque, Rani Yahya e Antonio Pezão Silva carregam no sangue a cidade onde irão entrar no octógono amanhã, a partir das 19h30. As três gerações da capital do País estão presentes no card do UFC Fight Night Brasília, no Ginásio Nilson Nelson.

Nascidos e criados em Brasília, Rani e Pezão vivem momentos distintos. Vindo de seis vitórias em oito lutas – as últimas três de forma consecutiva –, Rani encara o japonês Michinori Tanaka. Para ele, esta é a grande oportunidade de entrar no top-15 do peso-galo. “Não tem como não entrar. A partir do momento que estamos com uma quantidade assim de vitória, já começa a ser mais notado”, crê.

Pezão soma 10 lutas no UFC e já chegou a disputar o cinturão do peso-pesado. Atualmente, porém, vive situação delicada: tem quatro derrotas nas últimas cinco lutas. “A pressão é normal, mas estou controlando. Dessa vez estou com garra e foco em dia”, aposta Pezão, que encara a lenda Roy Nelson.

Vicente nasceu nos Estados Unidos, mas veio morar em Brasília aos seis anos. Ele já lutou na capital em outras seis oportunidades, mas esta será a primeira pelo UFC. “Muito bom voltar para casa. Estou no meu melhor momento, consegui evoluir bastante”, afirma Vicente. Ele, que luta no peso meio-médio, tem pela frente o norte-americano Hector Urbina.

Desafios diferentes à parte, os três têm uma certeza. Os combates no quintal de casa serão especiais. “Será a oportunidade de ver todas as gerações de Brasília no octógono. Vai ser um show”, promete Vicente. “Aqui tem uma condição climática que dificulta um pouco para eles. Vai ser Brasília contra o mundo”, brinca Rani. “O UFC sempre surpreende com essas lutas. Isso chama o público, muita gente quer ver o Rani em ação, vão querer ver o Vicente também. Aliás, você falou a idade do Vicente, deu até uma dor nas minhas costas”, diverte-se o experiente Pezão.

Tem mais

Além dos três atletas com raízes no DF, o card de amanhã traz outras ligações fortes com a capital. Alan Nuguette é um deles. Nascido e criado em Jacareí-SP, ele se mudou para Brasília na adolescência. Foi aqui que teve o primeiro contato com artes marciais – começou na capoeira –, enquanto não estava estudando ou engraxando sapatos nas ruas.

Francisco Massaranduba também conhece bem o local da luta de amanhã. O piauiense treinou na capital durante anos, antes de se transferir para Curitiba. No Nilson Nelson, ele tentará conquistar sua sétima vitória consecutiva no UFC.

Cyborg no centro das atenções

Há mais de 10 anos invicta no MMA, a brasileira Cris Cyborg faz em Brasília a sua segunda luta pelo UFC e, desta vez, como combate principal da noite. Em maio deste ano, ela fez sua estreia na organização. Em menos de dois minutos, nocauteou Leslie Smith.

No evento de amanhã, novamente em peso casado, Cris enfrenta a estreante Lina Lansberg. No Ginásio Nilson Nelson, ela pretende continuar sua rotina de vitórias com mais um nocaute: são 16 triunfos, uma luta sem resultado e uma derrota.

“Estou muito feliz de ter a oportunidade de lutar de novo aqui no Brasil, ainda mais como luta principal. Minha adversária é uma striker assim como eu, gosta da luta em pé, então acho que existe uma grande chance da luta ir por esse caminho. Eu sempre busco o nocaute e dessa vez não vai ser diferente. Eu estou preparada para tudo, um ou cinco rounds”, avisa a lutadora brasileira. Os últimos quatro combates de Cris terminaram ainda no primeiro round. Aliás, chegar ao quinto round contra Lansberg será algo inédito na carreira da brasileira – sua luta mais demorada terminou no quarto round.

Bem menos experiente do que Cris Cyborg, a sueca Lina Lansberg encara sua estreia no UFC como uma grande oportunidade. Aos 34 anos, ela fez apenas sete lutas na carreira – seis vitórias e uma derrota –, mas quer mostrar que entende do assunto. Para isso, nada melhor do que superar um desafio como este em Brasília.

“É uma ótima sensação lutar pelo UFC, é um sonho se realizando. E não tenho nada a perder, então parece ser perfeito. Eu não sei como esta luta irá acabar, mas eu realmente quero lutar cinco rounds, pois eu me preparei para isso. Eu só quero fazer o meu e deixar difícil para ela. Estou animada para lutar com o público torcendo por minha adversária, eu acho que isso coloca muita pressão nela”, confia Lansberg. Das seis vitórias que tem no mundo das lutas, quatro foram por nocaute.

Encaradas de hoje são na balança

A pesagem do UFC costuma ser um dos momentos mais aguardados pelos fãs. Não bastasse o suspense para ver se um lutador vai ou não perder para a balança – muitos sofrem com o processo e não conseguem cumprir a meta –, o dia é marcado também pelas fortes encaradas entre os envolvidos.

Em Brasília, a pesagem está marcada para hoje, às 19h, no Ginásio Nilson Nelson. Às 16h30, no entanto, o público já pode chegar: haverá uma sessão de fotos e autógrafos com atletas do Ultimate e octagon girls.

A partir das 18h, os fãs terão a chance de interagir com os atletas peso-médio do UFC Ronaldo Jacaré, o peso-mosca Wilson Reis e a peso-palha feminino Jessica Andrade, num momento de perguntas e respostas.

O público pode obter ingressos da pesagem na bilheteria do Ginásio Nilson Nelson. Para isso, basta trocar uma embalagem de leite em pó ou um pacote de fraldas. Cada item vale um bilhete. As doações irão beneficiar a Instituição “Abrace”, que oferece assistência à crianças dom câncer e seus familiares.

Esquentou

Já hospedados em Brasília, ontem os lutadores do UFC Fight Night participaram de ações promocionais. Depois de respondem questões da imprensa, os atletas foram para as tradicionais encaradas e esquentaram o clima para hoje e amanhã.

Um dos momentos mais tensos foi a encarada de Francisco Massaranduba e Paul Felder. Os dois chegaram a ficar bem próximos e tiveram de ser chamado duas vezes pelo locutor até se separarem.

Outro instante que chamou a atenção ocorreu entre Antonio Pezão e Roy Nelson. Ao contrário do semblante sério, eles soltaram o riso e posaram para as fotos abraçados.

Eles explicaram o motivo da quebra de protocolo. “O Roy Nelson é um adversário duro, um cara que já provou aguentar muitos golpes e que tem a mão direita muito forte. Eu o respeito muito, somos amigos, inclusive ajudei na sua preparação para a luta contra o Overeem”, disse o brasileiro Pezão.

Lenda do UFC, Roy Nelson chegou a dizer que pretende atuar com Pezão nas telonas. “Eu sei que após essa luta, não importa qual seja o resultado, nós ainda seremos amigos e faremos um filme juntos. Estou empolgado para lutar diante do público brasileiro. Eu ouvi dizer que tenho muitos fãs por aqui, e só quero dar um show para que eles queiram que eu volte aqui.”

Serviço:

  • Programação
    Hoje
    16h: Abertura dos portões ao público
    16h30: Sessão de fotos e autógrafos para os fãs
    18h: Interação de perguntas e respostas entre público e atletas.
    19h: Pesagem oficial
  • Amanhã
    17h30: Abertura de portões ao público
    18h: Sessão de fotos e autógrafos para os fãs
    19h30: Primeira luta do card preliminar
    23h: Início do card principal
    2h: Término do evento UFC Fight Night Brasília: Cyborg x Lansberg

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