O gaúcho elegeu o goleiro Bosco como principal destaque da etapa inicial e culpou os dois gols seguidos do São Paulo, um aos sete e outro aos dez minutos do segundo tempo, pela queda de produção de sua equipe.
"No primeiro tempo tivemos um número de oportunidades até maior do que o São Paulo e poderíamos ter saído em vantagem. O Bosco foi o grande nome do primeiro tempo, mas não tivemos efetividade. Já o São Paulo, em cinco minutos, definiu o resultado. Fez o segundo e o terceiro gols e isso matou. O Palmeiras ficou alijado da partida e isso definiu o placar", analisou o técnico palmeirense.
Segundo Tite, o Verdão ainda é uma equipe jovem, em formação, fator que explica o abatimento geral depois dos gols são-paulinos. "Uma equipe formada, concentrada, como é o São Paulo, não oscila durante o jogo, e o que aconteceu hoje foi próprio de uma equipe jovem, ainda em formação. Queria sair na frente para ter o emocional a nosso favor e jogar a pressão do outro lado, mas não deu. Depois de levar dois gols em cinco minutos, os fantasmas vêm todos à cabeça e os atletas pensam na má classificação, no rebaixamento", confessou Tite.
Os comentários do técnico a respeito da partida foram exatamente os mesmos de Márcio Careca, autor do gol solitário do Palmeiras e também do primeiro são-paulino na goleada. Para o lateral-esquerdo, o Verdão foi bem na etapa inicial, mas caiu em desespero depois de ficar em desvantagem no começo do segundo tempo.
"Fomos bem o primeiro tempo, mas, a partir do segundo gol, nossa equipe se desestruturou um pouco e perdeu a concentração de novo. O São Paulo aproveitou os contra-ataques, conseguiu fazer mais dois e acabou matando o jogo", lamentou o jogador, que deixou o Morumbi bastante criticado pela torcida.
Destaque da equipe pelo setor direito, Ilsinho também apontou a rapidez do São Paulo no início do segundo tempo como fator fundamental para a definição do resultado. "A gente deu mole, tomamos os gols muito rápido, infelizmente, mas isso faz parte do futebol", conformou-se o atleta, que ainda não renovou seu vínculo com o Alviverde.
Rival sentiu queda palmeirense:
O nocaute sofrido pelo Alviverde depois do segundo gol palmeirense foi notório até para o técnico são-paulino, Muricy Ramalho. Em sua coletiva, o treinador tricolor admitiu ter percebido o nervosismo dos comandados de Tite em campo e culpou o emocional pela derrota palmeirense.
"É verdade. O Palmeiras sentiu bastante depois que encaixamos os contra-ataques no segundo tempo. O lado emocional é muito duro no futebol e tenho certeza que o Tite está trabalhando isso para recuperar o Palmeiras", constatou o técnico vencedor do duelo.
