No último domingo, Souza fez sua estréia com a camisa do Flamengo, na partida contra o Boavista. Antes de marcar o gol da vitória e sair ovacionado do campo, o jogador perdeu algumas boas oportunidades de balançar a rede e teve que ouvir a torcida rubro-negra gritar por Obina, xodó dos torcedores e que não entrou em campo por estar machucado. Souza garante não ter se abalado com a manifestação.
“O Obina vem fazendo gols com a camisa do Flamengo. Perdemos muitos gols a e a torcida começou a gritar o nome dele. Já estive na arquibancada e sei como é isso. Se o Obina estiver em um jogo e tiver perdendo muitas chances a torcida vai gritar o meu nome. Isso é normal no futebol”, afirmou Souza, que afirmou não ter perdido a calma com as chances desperdiçadas. “Eu sabia que uma hora bola iria entrar. Fiquei tranqüilo. Falta um pouco de ritmo porque não jogava há muito tempo, mas nestas horas tem que ter tranqüilidade.”
Se Souza diz ter entendido a atitude da torcida rubro-negra, o vice-presidente de futebol Kléber Leite mostrou irritação com a posição tomada pelos torcedores. “Só pode ser coisa de vascaíno. Entendo que o Obina é um ídolo da torcida. Mas gritar o nome dele a cada gol perdido pelo Souza vai contra o objetivo maior que é a vitória do Flamengo”, disparou o dirigente.
Quem minimizou os gritos da torcida foi o técnico Ney Franco. O treinador afirmou ter ficado satisfeito com o futebol apresentado pelo Rubro-Negro, principalmente após o intervalo quando sacou Juninho Paulista para a entrada de Roni.
“No primeiro tempo não fomos bem, mas mesmo assim criamos muitas chances. O Boavista entrou em campo com um propósito bem definido. Se fechar na defesa e tentar sair nos contra-ataques. No segundo tempo viemos mais concentrados na questão da ocupação de espaços e conseguimos encurralar o adversário no campo dele. Criamos muitas oportunidades e felizmente uma delas acabou entrando.”
