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Futebol

Sonho do Timão vira pesadelo no Pacaembu

Arquivo Geral

04/05/2006 0h00

O time brasileiro mais argentino da Copa Libertadores, decidiu apostar na técnica e na brasilidade após ter perdido Mascherano expulso na partida de ida. Os 33 mil corintianos que foram ao Pacaembu para ver Carlitos Tevez dançar sua cumbia acabaram vendo um tango dos mais tristes. O Corinthians, que precisava de uma vitória simples, acabou perdendo por 3 a 1 e teve que ir para os vestiários aos 42 minutos, quando o árbitro Carlos Chandía decidiu encerrar o jogo por falta de condições de segurança.

A partida estava paralizada desde os 36 minutos, quando Higuain fez seu segundo gol, o terceiro do River Plate. Coelho havia feito gol contra e Nilmar fez o gol de honra corintiano.

O duelo
O jogo começou de forma inusitada. Depois de diversas reclamações sobre arbitragem e a viagem de Kia Joorabchian até o Paraguai em busca de um apito mais justo, o árbitro chileno Carlos Chandía sentiu uma contusão a dois minutos de jogo. Atendido rapidamente fora de campo, ele conseguiu dar seqüência ao jogo normalmente. O River povoou bem o meio-campo e deu trabalho ao Timão. Individualmente, o Corinthians fazia boas jogadas. Carlos Alberto sofreu falta de Dominguez e bateu boca com o adversário.

Aos 12 minutos, Coelho bateu falta rapidamente lançando Nilmar em velocidade. O camisa 9 fez um bonito gol, mas o árbitro anulou a jogada , alegando falta do corintiano no zagueiro. Como já tinha feito no Monumental de Nuñez, a dupla de ataque corintiana trocou de lado. Carlitos preferiu ficar ao lado direito. O Corinthians tinha a posse de bola e fez jogadas de efeito, tocando bem a bola e aproveitando as descidas de Coelho e Rubens Júnior.

Apesar do domínio brasileiro, o River Plate chegava com perigo em algumas jogadas. Aos 28 minutos, Tevez pediu a bola em cobrança de escanteio, foi cortando para dentro e bateu no ângulo. O goleiro Lux foi buscar. O time argentino continuava perigoso nas bolas em que ia ao ataque e a torcida demonstrou o primeiro sinal de impaciência em cruzamento mal feito por Coelho. Gallardo mais uma vez complicava a marcação corintiana.

Aos 38 minutos, em cobrança de falta de Ricardinho, Nilmar desviou de cabeça e fez o Pacaembu explodir. O gol pôs fim a um jejum de três jogos do camisa 9, que voltou definitivamente na briga pela artilharia da Copa Libertadores. Nas tribunas, Mascherano, quebrou a promessa de não comemorar gols corintianos contra seu ex-clube. Ele pulou e puxou sua própria camisa para comemorar, vibrando com a torcida corintiana.

Com a vantagem no placar, o Corinthians cresceu em campo e pressionou bastante. Nilmar recebeu livre nas costas da zaga, mas o bandeira marcou impedimento injustamente.

O segundo tempo começou com confusão e bate-boca entre os dois times. O Corinthians jogava bem e tocava a bola, sendo surpreendido apenas esporadicamente pelo River. Aos 11 minutos, Gallardo mais uma vez encontrou facilidade para jogar. No cruzamento para a área, Coelho acabou fazendo gol contra, colocando o drama novamente em campo.

Ademar Braga decidiu ir ao ataque definitivamente e tirou Xavier para escalar Roger. A alteração desguarneceu a marcação no meio-campo, que já não era boa desde o primeiro tempo. Mais uma vez Gallardo. O meia argentino encontrou ainda mais facilidade agora sem a marcação de Xavier. Ele limpou bem a jogada e tocou para Higuain livre fazer 2 a 1, aos 26 minutos.

Melhor corintiano em campo até o momento, Carlos Alberto deu lugar a Rafael Moura. Coelho também foi sacado para dar lugar a Eduardo Ratinho. A idéia de Braga era tentar achar os dois gols que precisava, na base dos cruzamentos na área. O que se viu, no entanto, foi Higuain fazer o terceiro gol do River, aos 36 minutos e explodir a primeira fagulha de um enorme barril de pólvora. A torcida organizada desceu para o alambrado e muitas foram as invasões de campo.

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