A preparação da seleção de Sérvia e Montenegro para a Copa do Mundo começou com o treinador Ilija Petkovic sonhando com o título e terminou, nesta semana, com um time um tanto abalado. Primeiro, com a separação entre os dois países. Segundo, com a comissão técnica tendo que administrar a saída de um atleta do grupo apenas três dias antes do início do torneio.
No dia 21 de maio, os jogadores receberam a notícia de que, em referendo, 55,4% dos montenegrinos votaram a favor da independência do país, unido à Sérvia desde 2003. Apesar de os dirigentes negarem que o fato tenha atrapalhado a seleção, os atletas não esconderam a decepção. Savo Milosevic, por exemplo, afirmou que dedicará seus gols apenas aos sérvios.
Do elenco que chegou à Alemanha na manhã deste dia 7, apenas o goleiro Dragoslav Jevric é nascido em Montenegro. Antes, havia também o atacante Mirko Vucinic, que acabou cortado por causa de uma contusão no joelho esquerdo. Para substituí-lo, o técnico convocou seu filho, Dusan Petkovic, e sofreu enorme pressão da imprensa e da torcida do país. Nesta terça, Dusan abandonou a seleção. Como a Fifa só permite que um jogador seja convocado de última hora em caso de lesão, Ilija terá que se virar com 22 nomes.
Nos amistosos oficiais neste período de treinos antes do Mundial, Sérvia e Montenegro derrotou a Tunísia, dia 1º de março, por 1 x 0. No dia 27 de maio, o time da região dos Bálcãs empatou com o Uruguai. Na Copa, a equipe está no “grupo da morte”, o C, ao lado de Argentina, Costa do Marfim e Holanda.
