Abalada com o abandono do zagueiro Dusan Petkovic, a Sérvia e Montenegro desembarcou na manhã desta quarta-feira em Dusseldorf para a disputa da Copa do Mundo. Do aeroporto, a delegação seguiu direto para Billerback, local onde ficará concentrada durante a disputa do Mundial.
O desembarque foi confuso, com a presença de muitos jornalistas ávidos por maiores informações sobre a decisão de Dusan e a reação de seu pai, o técnico Ilija Petkovic. O treinador passou correndo pelo cordão de isolamento, limitando-se a dizer que apoiou o filho na decisão, justamente porque "a pressão por parte de vocês, repórteres, foi muito grande".
Dusan concederá uma entrevista coletiva ainda nesta quarta para explicar sua decisão, mas a Federação Serva de Futebol resolveu se adiantar e seu presidente, Tomislav Karadzic, divulgou uma nota comentando o episódio, na sede da entidade, em Belgrado.
"Entendo que o caso é interessante para a mídia, mas não podemos deixar isso ganhar proporções maiores. Vejo a seleção preparada para os desafios e acredito que esse caso não afetará o nosso rendimento", garantiu o dirigente.
A derrota moral, pelo menos, os servos-montenegrinos já sofreram. A Fifa recusou o pedido da Federação e confirmou que o país vai disputar o Mundial com apenas 22 jogadores. Havia a esperança de que a entidade máxima do futebol autorizasse uma substituição na lista, mas as regras foram mantidas e alterações são permitidas apenas em caso de contusão.