O bom humor voltou. Resolvidas as pendengas com o presidente Lula, o termômetro, a balança e as chuteiras apertadas, Ronaldo voltou a mostrar, ontem, o inconfundível sorriso. O otimismo veio a reboque, embutido na revelação de que, a exemplo do cabelo de Cascão, da Copa de 2002, seu visual também poderá mudar, caso o Brasil chegue à final na Alemanha. Ou – quem sabe? – ainda antes disso. "Não posso revelar o que vou fazer, até porque ainda não sei."
Ele não revela nem mesmo o que gostaria de dar de presente de Dia dos Namorados, hoje, para a modelo Raica. "Nunca quis expor minha vida fora do futebol para ninguém. Não preciso. Isso não vai acontecer", garantiu.
Ronaldo sabe que precisa, sim, estar em forma amanhã, para que o esquema com o quadrado mágico dê certo. E promete se desdobrar para ajudar na marcação. "Eu e o Adriano vamos nos revezar, pois temos que ajudar a marcar. Vai voltar sempre quem estiver mais próximo do lance. Isso não será problema. Os atacantes estão dispostos a todo sacrifício para ajudar a equipe", destacou.
Para Ronaldo, desdobrar-se para cumprir as funções táticas parece ser tarefa bem mais fácil do que contornar as polêmicas em torno de seu nome. Mas, gordo ou não, com ou sem bolhas nos pés, aborrecido ou em paz, ele garante que a cabeça está boa: "A imprensa cria polêmicas e, independentemente disso, eu me preparei para estar bem".
Tão bem que aturou com um sorriso no rosto as provocações do capitão Cafu. Sentado a seu lado durante a entrevista coletiva, o lateral ameaçou sair quando chegou a vez de Ronaldo falar. "Posso ir embora?", perguntou Cafu. "Pode, sim. Não vou falar besteira desta vez, não", respondeu Ronaldo.
Croácia está escalada
Pletikosa; Simic, Robert Kovac e Simunic; Srna, Tudor, Nico Kovac, Kranjcar e Babic; Klasnic e Prso. Esse é o time da Croácia que enfrenta o Brasil, em Berlim, amanhã.
A escalação foi divulgada ontem pelo técnico Zlatko Kranjcar, após o treino na cidade de Bad Bruckenau.
É a equipe que ele considera ideal, com exceção do atacante Klasnic A preferência era por Olic, que vai ficar no banco porque se recupera de contusão muscular.
Kranjcar admite que arrancar um ponto que seja do Brasil é tarefa difícil, mas vai tentar. Ele recorreu ao empate entre Suécia e Trinidad e Tobago sábado (0 x 0) para fundamentar uma esperança: "Como foi possível ver, surpresas podem acontecer".
O treinador voltou a repetir a ladainha de que o Brasil tem uma equipe forte e destacou um jogador: "A diferença é o Ronaldinho Gaúcho. E ele vai jogar". (Lancepress, O Dia e Agência Estado)