Qualquer são-paulino deve ter passado os últimos dias ansioso para enfim ver Diego Lugano de novo com a camisa tricolor. Além dos que estão na arquibancada, alguns futuros companheiros do uruguaio já imaginam como será conviver com um dos líderes do tri da Libertadores e do Mundial, como o também zagueiro Rodrigo Caio. Animado com a possibilidade de fazer uma dupla de zaga com alguém que já atuou em duas Copas do Mundo, ele exaltou as qualidades do defensor.
“É um jogador que sempre se dedicou muito. Quando o São Paulo estava disputando o Mundial contra o Liverpool, eu estava em Cotia, foi minha primeira semana lá. Então, para mim, se ele retornar ao São Paulo, vai ser um prazer muito grande. É uma pessoa que eu admiro muito. Se ele retornar, a gente vai abraçar ele”, afirmou o camisa 3.
Lugano se despediu nesta quarta do Cerro Porteño, clube onde atuou no último semestre, e está em Montevidéu. A ideia é que ele chegue à capital paulista até sábado, para poder realizar os exames médicos e firmar o contrato, provavelmente até o final da atual temporada.
Membro do elenco profissional há cinco anos, Rodrigo também comentou sobre a possibilidade de finalmente ter ao seu lado um nome experiente na posição, algo que não foi possível até o momento. Seus companheiros mais experientes não passavam dos 30 anos, como Rhodolfo e Edson Silva, além de não terem nem de longe a bagagem que Lugano acumulou no esporte.
“Eu não digo que senti falta (de alguém rodado) porque eu não tive essa experiência, mas com todos os zagueiros que eu joguei me senti muito bem. Claro que, se num futuro próximo puder jogar com o Lugano, vai me ajudar bastante”, analisou o jogador, ainda reticente para falar da negociação. “Tomara que aconteça, mas a gente só gosta de falar quando está aqui, né”, ressaltou.
Por fim, o atleta fez questão de minimizar qualquer problema que o uruguaio possa ter nesse retorno, principalmente no que se refere à forma física do parceiro. Com 35 anos, Lugano já revelou que temia manchar sua imagem caso vá mal em 2016, mas o jovem tricolor assegura que isso não vai acontecer.
“O que ele representa para o São Paulo ninguém vai apagar. Se ele escolheu voltar, é porque ele tem certeza que tem plenas condições de jogar em alto nível. Eu não gosto de passar vergonha, de não me sentir bem. Ele confia no futebol dele, confia que está bem e tenho certeza que se ele retornar vai fazer o possível e o impossível para o São Paulo ser campeão”, encerrou.