O gerente jurídico do Santos, Mário Mello, evitou comentar se o Santos vai ou não entrar com efeito suspensivo para a punição de 120 dias do STJD ao meia Cléber Santana. Disse apenas que a decisão será do presidente do clube, Marcelo Teixeira, e anunciada na segunda-feira. “Ainda não decidimos”, resumiu, sem emitir qualquer opinião sobre a atitude que o Peixe deve tomar. “Eu não acho nada. Isso está a cargo do presidente”, incumbiu o responsável pelo departamento jurídico do clube.
Cléber Santana foi punido por desferir uma cotovelada em Marcinho Guerreiro, então no Palmeiras, em clássico disputado no dia 30 de abril. Mário Mello conseguiu absolvê-lo em um primeiro julgamento, alegando que a denúncia estava inepta: o jogador havia sido enquadrado nos artigos 250 (ato desleal) e 253 (agressão física) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, entrou com nova ação contra o meia do Peixe, que teve de responder apenas pelo artigo 253. E não escapou: gancho de 120 dias, que será amenizado porque o Campeonato Brasileiro pára durante a Copa do Mundo. Depois disso, o Santos poderia tentar converter a pena em prestação de serviços, o que Mário Mello não confirma.
Luxemburgo
O técnico Wanderley Luxemburgo considerou exagerada a punição a Cléber Santana. Em breve, ele também estará no banco dos réus, mas do TJD, para justificar a ofensa moral ao árbitro Rodrigo Cintra. Mário Mello também não quis comentar esse caso: “Como é que eu vou falar sobre um julgamento que ainda não aconteceu? Depois, vocês vão ver qual vai ser nossa defesa”, indignou-se.