O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, entrou com um processo contra os advogados do ex-árbitro Edíson Pereira de Carvalho, pivô do esquema de manipulação de resultados que manchou o Campeonato Brasileiro de 2005.
Após o ocorrido, Edílson foi desligado do quadro de árbitros da FPF e, no início deste ano, os advogados do juiz, Borny Cristiano So e André Kiyoshi Habe, entraram com uma ação contra a FPF e seu presidente reclamando os direitos trabalhistas do cliente.
Na oportunidade, Marco Pólo Del Nero entrou com um pedido de explicações criminais contra os advogados, que agora foram chamados a se manifestar da Justiça. “Para nós, esta é uma clara tentativa da Federação e do Presidente de coagir e intimidar os advogados do Edílson”, afirmou Fernando Fabiani Capano, advogado de Edílson em ações de danos morais.
Capano afirma que o Juiz da 28º Vara Criminal da Barra Funda já analisou caso idêntico ajuizado pela Federação contra Edílson, sendo que o magistrado “extinguiu a ação alegando que o que foi dito na peça inicial do processo sequer constituiu fato típico”, ou seja, as expressões utilizadas na reclamação não configuram crime.