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Futebol

Parreira em tempo de ansiedade

Arquivo Geral

06/06/2006 0h00

Parreira fez um voto de confiança nos árbitros para coibirem a violência durante a Copa
Carlos Alberto Parreira está dormindo e comendo menos. É reflexo da ansiedade por conta da aproximação do início da Copa da Alemanha. Apesar de experiente, de conviver com o ambiente de Mundiais desde 1970, quando foi preparador-físico, e de ter sido campeão como treinador em 1994, na Copa dos EUA, a expectativa pelo início de uma competição ainda mexe com seu metabolismo.

"Estou ansioso. Se dissesse que não, estaria mentindo. Nessa época, como menos e durmo um pouco menos", disse Parreira, em entrevista coletiva, ontem, no Hotel Kempinski Falkenstein, na pequenina Königstein, novo quartel-general da seleção. "Mas está tudo sob controle. É boa essa adrenalina e estou mesmo precisando perder alguns quilos", brincou o técnico.

Ontem, Parreira estava mais bem-humorado do que em alguns encontros recentes com a imprensa. E embora tenha sido a sétima coletiva do treinador desde o início da preparação para a Copa – dia 22 de maio, na Suíça, há 16 dias, portanto –, centenas de jornalistas a acompanharam. Talvez por ter sido a primeira em solo alemão.

Antes de começar a falar, Parreira, espantado, contou a quantidade de câmeras de TV apontadas em sua direção: 42. "Mudou muita coisa desde 70. A preparação, o marketing, as somas envolvidas numa Copa. Tudo está diferente", comentou.

Esse foi um dos motivos que levaram a comissão técnica a optar por realizar treinos fechados ao público durante a estada em Königstein – com exceção de um treinamento aberto, exigido pela Fifa. "Não foi ruim ter o público perto em Weggis, mas aqui a gente preferiu mudar", disse Parreira. "É melhor, para ficar bem focado, pois agora é a hora da verdade. O trabalho é mais mental do que qualquer outra coisa".

Violência
Parreira manifestou sua esperança de que os árbitros sigam as determinações da Fifa e punam com rigor a violência durante a Copa. "Em todas as Copas se fala isso, mas na hora acaba não sendo implementado. Quero ver os árbitros colocando isso em prática", afirmou o treinador.

Na segunda-feira, no encontro dos árbitros com a imprensa, a Fifa anunciou que eles estão instruídos a coibir as jogadas violentas e a cera. "Se isso acontecer o jogo vai ser mais bonito, haverá mais tempo de bola rolando", completou. O técnico voltou a abordar o assunto violência ao ser perguntado sobre o time da Austrália (segundo adversário do Brasil), que teve um jogador expulso no amistoso contra a Holanda, domingo. "Eles são um time duro, na base da força física. Nós vamos ter de impor o nosso estilo, que não é esse. E se eles exagerarem, que os árbitros façam a regra ser cumprida", disse Parreira. (Agência Estado)

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