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Futebol

Os craques que fracassaram nos mundiais

Arquivo Geral

06/06/2006 0h00

Ao longo da história das copas do mundo foram muitos os casos de jogadores que chegaram despertando grande expectativa e fracassaram, carregando junto as suas equipes. Em quase todas as competições, existe sempre algum jogador de quem se espera muito e não se tem nada em troca.

No futebol brasileiro, essas decepções também se sucederam através da história. Para a torcida brasileira, a hora do espanto começou em 1950 quando craques do quilate de Zizinho, Jair, Danilo e Ademir não foram capazes de justificar a fama e não souberam impor sua melhor categoria diante dos uruguaios.

Na Copa de 54, craques já consagrados como o ponta direita Julinho e o meia Didi não justificaram a fama que levavam na bagagem e foram suplantados por uma Hungria muito mais talentosa. Didi ainda teria chance de se recuperar e mostrar seu talento em 1958 e 1962, mas Julinho, à exceção de um amistoso diante da Inglaterra em 59 quando transformou as vaias do Maracanã em aplausos, nunca mais teve uma chance.

Em 1958, mesmo com a conquista do primeiro título mundial alguns jogadores em que se apostava muito acabaram fraquejando e fracassando. O meia Dida, um dos maiores ídolos da história do Flamengo, teve uma atuação tão ruim na estréia diante da Áustria que não voltou mais a campo. No segundo jogo, ainda sem Pelé em condições, a dupla de ataque foi formada por Vavá e Mazolla, numa prova da desconfiança no atacante do Fla. O próprio Mazolla de quem se esperava muito jogou apenas duas partidas e assistiu Vavá se tornar o "matador" da Seleção.

Se em 62, os veteranos deram conta do recado, a Copa de 1966 foi o canto de cisne para muitos jogadores. O goleiro Gilmar, o lateral Djalma Santos, o central Belini e até Mané Garrincha deram seu adeus de forma melancólica. Além disso a Copa chamuscou as imagens de Gérson e Jairzinho que só conseguiriam dar a volta por cima em 70 e enterrou a carreira do goleiro Manga na Seleção Brasileira.

A infelicidade de Zico

Em 1974, só a defesa funcionou. Jogadores como Jairzinho, Rivellino e Paulo César se revelaram incapazes de levar o Brasil a mais um título. Em 78, na Argentina, a decepção ficou por conta da dupla de ataque formada por Zico e Reinaldo, considerados os grandes jogadores da época. Os dois atacantes tiveram dificuldade com a grama alta de Mar del Plata e acabaram barrados por Jorge Mendonça e Roberto Dinamite.

Na Copa de 82, Zico voltou em grande estilo e cercado de craques como Falcão, Júnior, Leandro e outros. Só que eles não foram capazes de suplantar as falhas de Valdir Peres, a hesitação de Luisinho e a falta de categoria de Serginho Chulapa. Essas apostas erradas de Telê se revelaram desastrosas na hora do confronto com a Itália.

Em 86, Zico voltou a ser o personagem principal ao disputar uma copa sem totais condições físicas e desperdiçar um pênalti decisivo contra a França. Esta Copa também marcou o adeus de Sócrates que fez um campeonato absolutamente medíocre. Na Copa de 90, o torcedor brasileiro apostava em Renato Gaúcho e Romário que quase não entraram em campo. E Muller, artilheiro no São Paulo, cansou de perder gols contra a Argentina na partida que causou a eliminação da equipe canarinha.

Em 1994, apesar do título, Raí herói do bicampeonato mundial de clubes pelo São Paulo, jogou fora todas as chances concedidas por Parreira e acabou barrado por um limitado Mazinho. Em 98 na França, as esperanças brasileiras que repousavam nas costas de Ronaldo desabaram todas no dia da final contra a França quando o atacante sofreu uma convusão e entrou em campo fora das suas melhores condições físicas.

Além disso, jogadores como Edmundo e Dunga que falavam muito e não jogaram nada, contribuiram para levar o título para o time da casa. Em 2002, Ricardinho foi convocado para ser o ponto de equilibrio da Seleção no meio campo mas acabou perdendo a posição para um esforçado Kléberson que ganhou a preferência de Felipão e acabou ajudando o Brasil a conquistar o tão sonhado pentacampeonato.

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