O craque da seleção alemã, Michael Ballack, não apareceu ontem para o primeiro treino em Berlim, onde a equipe do país anfitrião da Copa se concentra para a partida de abertura do torneio, sexta-feira, contra a Costa Rica, em Munique. Em comunicado oficial, a Federação Alemã de Futebol negou que o meia tenha sentido a lesão no tornozelo que o afastou de boa parte da fase de preparação para o Mundial, garantiu que Ballack permaneceu no hotel nesta segunda-feira, e justificou a ausência devido a "uma lesão muscular leve na coxa direita".
A entidade estima que Ballack, que recentemente acertou sua transferência do Bayern de Munique para o Chelsea, da Inglaterra, participará normalmente dos treinos de hoje.
Embora os dirigentes se esforcem em tranqüilizar os torcedores, a verdade é que os alemães estão apreensivos com a possibilidade de o meia não atuar no duelo de estréia da Alemanha na Copa. Para o estilo de jogo que o técnico Jürgen Klinsmann quer impor, Ballack é fundamental por ser o principal armador das jogadas de ataque.
Enquanto isso, Klinsmann dá sinais de que está sentindo o peso da Copa sobre os ombros. "Tenho consciência de que se não fizermos um bom resultado (no Mundial) eu não permaneço (no comando do time)", disse o técnico, ontem.
Panela de pressão
Klinsmann passou a tarde de segunda-feira mostrando vídeos da Costa Rica para seus atletas, mas sabe que isso é um trabalho secundário. O que mais o preocupa é o aspecto emocional do grupo. "Não dá para medir a pressão. Pressão só se sente", filosofou o comandante, deixando claro que controlar os nervos talvez seja a melhor tática para vencer o time caribenho.
O versátil lateral-zagueiro Arne Friedrich não esconde que os últimos dias estão sendo insuportáveis. "A ansiedade é muito maior do que numa partida da Bundesliga (Campeonato Alemão). Não tem comparação", afirmou o jogador, que disputará seu primeiro Mundial.
Para aliviar a tensão, Klinsmann liberou os atletas do hotel onde estão hospedados para passear sempre que tiverem tempo livre.
