Com a moral de ter eliminado o tradicional Uruguai na repescagem das Eliminatórias, a Austrália priorizou em sua preparação para a Copa os amistosos contra adversários difíceis. Enquanto várias seleções optaram por encarar “sacos de pancada” durante o período de treinos, a equipe comandada pelo holandês Guus Hiddink encarou primeiramente a Grécia, atual campeã européia que não garantiu vaga na Alemanha.
A vitória magra por 1 a 0 serviu para os australianos se despedirem de casa antes do embarque para a Europa. O segundo amistoso foi ainda mais difícil, contra a Holanda, e expôs um lado negativo dos australianos. Ao término do duelo, os holandeses provocaram uma enxurrada de reclamações contra a violência dos adversários.
A seleção da Terra dos Cangurus comemorou o empate por 1 a 1 conquistado mesmo com dez jogadores em campo, mas os holandeses levaram dias para contabilizar o estrago da partida. Foram três contusões: Philip Cocu, Wesley Sneijder e Kew Jaliens.
Preocupados com a repercussão negativa de seu estilo de jogo, os australianos se defenderam e exaltaram a “marcação forte”. “Apenas tentamos impor nossa autoridade em campo fazendo um jogo de alta pressão. Acho que nosso estilo faz parte do jogo”, defendeu o zagueiro Lucas Neill.
O último amistoso antes da Copa foi mais tranqüilo. A seleção de Guus Hiddink venceu de virada o modesto Luxemburgo por 3 a 1. Em meio à preparação, o treinador ainda teve que se preocupar com lesões. Tim Cahill, John Aloisi e Harry Kewell, três dos principais destaques da seleção, passaram a maior parte da preparação no departamento médico, mas estão recuperados e à disposição do técnico. Já o capitão Mark Viduka deixou o treino desta quinta-feira com dores na panturrilha. Apesar do susto, o atleta não deverá ser problema para a primeira partida da Austrália, contra o Japão, na segunda.
Hiddink considera fundamental a vitória na estréia e também quer surpreender o Brasil na segunda rodada da Copa. Resta saber a forma de marcação dos australianos nessa primeira fase.
