Juventus entra em crise após denúncias de corrupção

Foi anunciada nesta quinta-feira a demissão de toda a diretoria da Juventus de Turin. A saída dos dirigentes está relacionada com as denúncias feitas no início do mês sobre um possível envolvimento de um diretor do clube com Federação Italiana de Futebol e a comissão de árbitros da Itália, para pressionar na escala dos juízes escolhidos para apitar os jogos.

O escândalo teve início depois de o diretor da Juve, Luciano Moggi, ter sido flagrado em uma escuta telefônica conversando com o vice-presidente da federação, Innocenzo Mazzini. O presidente da entidade, Franco Carraro, e Mazzini já pediram demissão.

Escutas telefônicas estão sendo realizadas em Turin e em Nápoles, já que a imprensa italiana começou a divulgar hoje que mais oito times podem estar envolvidos nesta história. São eles: Fiorentina, Lazio, Udinese, Messina, Siena, Arezzo, Crotone e Avellino, sendo os três últimos integrantes da segunda divisão.

O diretor da Juventus envolvido no escândalo está sendo investigado também por possíveis atividades ilícitas de sua empresa de gerenciamento de jogadores, cujo dono é o seu pai, Alessandro. Além disso, Luciano Moggi, teria ligação com algumas casas de apostas ilegais.

Desde que as denúncias se tornaram públicas, as ações da Juve caíram em 10%. Uma reunião entre os acionistas e a assembléia do clube foi marcada para 29 de junho. Os donos da Juventus demonstraram publicamente seu repúdio a toda essa situação.