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Futebol

Itália quer abafar escândalo na estréia contra Gana

Arquivo Geral

11/06/2006 0h00

Em meio a uma das maiores crises de sua história, devido a um escândalo de arbitragem, a seleção da Itália tenta abafar a situação com uma vitória sobre Gana, nesta segunda-feira, às 16h (de Brasília) na abertura do Grupo E da Copa do Mundo de 2006. A chave conta ainda com Estados Unidos e República Tcheca, que se enfrentam no mesmo dia.

O confronto, que será realizado no Niedersachsenstadion, em Hannover, marcará a estréia também do trio de arbitragem brasileiro no Mundial. Carlos Eugênio Simon apita, auxiliado por Aristeu Tavares Leonardo e Ednilson Corona. Os africanos também debutarão, e com um currículo bem menor do que os italianos, tricampeões mundiais, nos anos de 1934, 1938 e 1982.

Por ironia do destino, em 82, a Itália também vivia uma crise de corrupção no futebol do país, com o escândalo das loterias, que teve o atacante Paolo Rossi como um dos infratores. Amparado por uma decisão judicial, no entanto, ele pode jogar a Copa da Espanha, foi o carrasco do Brasil e ajudou seu time a ser campeão. O técnico da Itália, Marcello Lippi, quer repetir este enredo.

“Temos todas as condições de mostrarmos ao mundo que o futebol italiano não é essa crise, e sim um futebol competitivo e campeão. Uma vitória contra Gana vai mostrar isso. Vamos jogar para limpar a honra de nosso futebol e para iniciarmos uma campanha que tenho certeza, será vitoriosa”, disse Lippi.

O lateral Gianluca Zambrotta e o voltante Gennaro Gattuso, lesionados, ficam de fora e, com isso, Fabio Grosso e Zaccardo começarão como titulares. Já o zagueiro Alessandro Nesta, recém-recuperado de lesão, pode ser substituído por Materazzi. A dúvida está no meio-campo, onde a função do quarto homem, quase um terceiro atacante, poderá ser feita por Francesco Totti ou Alessandro Del Piero. O primeiro pode não jogar os dois tempos, mas, com certeza, entrará em campo nesta segunda, já que se recupera de fadiga muscular.

Pelo lado de Gana, o técnico Ratomir Dujkovic adota a tática de provocar o adversário, dizendo que sua equipe vai ganhar o jogo. As polêmicas declarações já lhe causaram muitos problemas. Há duas semanas da estréia ele chegou a declarar que os atletas negros eram preguiçosos. O elenco pediu sua cabeça e ele conseguiu se safar dizendo que foi mal interpretado. Agora, volta suas baterias contra os adversários.

“Qualquer time terá de sofrer para nos vencer. Temos confiança que vamos passar pela primeira fase. E não importa quem estará na rodada seguinte, se vai ser o Brasil, a Croácia, a Austrália ou o Japão. Somos fortes o suficiente para chegar às semifinais – disse o treinador, lembrando que este grupo vai cruzar com a chave da seleção brasileira nas oitavas-de-final.

Sobre o time que vai a campo, o técnico de Gana não tem problemas para escalar a equipe, mas também não vai adiantar a escalação. Os únicos confirmados são o atacante Michael Essien e o capitão Stephen Appiah.

Itália e Gana nunca se enfrentaram em jogos internacionais dessa categoria. No entanto, Gana tem um recorde de invencibilidade contra a Itália em outros torneios da FIFA. Em 1993, no Campeonato Mundial de Futebol Sub-17 da FIFA, venceu facilmente por 4 a 0. Venceu novamente por 3 a 2 nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. No seu último confronto, nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, as equipes terminaram com um empate de 2 a 2.

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