O empate em 0 x 0 entre Brasiliense e Santa Cruz pela Série C do Brasileiro ficou em segundo plano na noite de ontem no Serejão, em Taguatinga. O que chamou a atenção não foi a disputa em campo, e sim a confusão armada pelas torcidas organizadas dos brasilienses e pernambucanos na arquibancada ao final do primeiro tempo.
Com os nervos aflorados, os “torcedores” iniciaram uma briga com paus e pedras, mostrando falta de respeito com as pessoas que foram ao estádio assistir o jogo . Era possível notar gamenses infiltrados no setor destinado aos visitantes . Com a confusão armada, seis policiais apareceram para tentar amenizar a situação com sprays de pimenta, balas de borracha e bombas de efeito moral.
“Lamentável essa situação. Não prestei muita atenção porque não podia tirar o foco do jogo, mas isso é vergonhoso”, disse Washington, atacante do Brasiliense.
O torcedor Gustavo Ribeiro assistia o jogo do camarote e também reclamou da “baderna”, lamentando a falta de segurança no Serejão. “Só queria entender como funciona a autorização da entrada e saída dos torcedores. Qualquer bandido que compre o ingresso tem livre acesso, colocando em risco a segurança de todos. Receio em sair do estádio porque sei que a confusão continuará lá fora”, disse.
CULPOU OS JOGADORES
As melhores chances do Brasiliense foram criadas pelo volante Baiano, o latreal-direito Bocão e o meia Válber. O Santa Cruz, por sua vez, esteve perto do gol em finalização de Dênis Marques.
Após o empate sem gols – o segundo em sequência na Terceirona -, o técnico Roberto Fonseca responsabilizou os jogadores pelo resultado ruim na Boca do Jacaré. “A causa do resultado você tem que perguntar aos jogadores. Eu não sei explicar”, alfinetou.