Frio, fofocas e técnico debilitado. Tudo o que poderia atrapalhar a preparação de uma equipe para uma competição como a Copa do Mundo está acontecendo com Togo às vésperas do Mundial da Alemanha. O alemão Otto Pfister, treinador da equipe, não agüentou as baixas temperaturas de Wangen, cidade no interior alemão, e acabou pegando uma forte gripe.
Pfister ficou sem contato com os jogadores desde domingo, para evitar contágios, mas acabou liberado pelo departamento médico e deve voltar ao trabalho na quarta-feira. O frio vem sendo um dos grandes inimigos dos togoleses nesta preparação, gerando muitas reclamações e diminuindo a carga de treinos, em uma forma de poupar os atletas.
Na próxima sexta-feira os africanos realizam um amistoso contra a seleção de Liechtenstein, mas até lá a seleção togolesa vai ter de resolver um problema de bastidores. Isso porque o presidente da Federação Togolesa de Futebol (FTF), Rock Gnassingbe, denunciou nesta terça ter recebido um fax assinado pelo capitão da equipe, Jean-Paul Abalo, em que os jogadores exigem 155 mil euros (cerca de R$ 445 mil) de premiação antes de iniciar a disputa da Copa.
"Os montantes são ligeiramente elevados tendo em conta a situação financeira do país", garantiu Gnassingbe. No documento enviado a Lomé, capital togolesa, os atletas exigem ainda um bônus de 30 mil euros por jogo vencido, mais uma renumeração especial de 15 mil euros. A FTF enviou dois funcionários a Wangen para negociar, mas se aceitar as exigências, será obrigada a desembolsar mais de 4 milhões de euros (cerca de R$ 11,5 milhões).
