A festa foi curta, 20 minutos. Não deu nem tempo para chorar com a lembrança de tantas Copas e a imagem de tantos campeões mundiais, cansados de guerra mas dignos heróis do maior esporte do mundo.
A imagem dos dois único uruguaios, Alcides Edgardo Ghiggia e Juan Carlos González, sobreviventes de títulos como o de 1950 e representantes do espírito de luta uruguaio que depois virou símbolo do futebol, mostrou que o carisma dos dois é global e inigualável.
Os campeões mundiais brasileiros, últimos a entrar na festa e únicos a chegar com cinco plaquinhas indicando o número de títulos, atuaram na festa como sempre fizeram no campo: com charme e alegria.
Jairzinho, o furacão e artilheiro da Copa de 1979, foi quem quebrou o gelo com os campeões de outros países pedindo para tirar fotos com os ingleses. Depois todos os campeões saíram juntos, conversando como amigos.
Os brasileiros também quebraram o protocolo, como de costume. Enquanto o presidente da Alemanha, Horst Kohler, fazia seu discurso, os campeões mundiais do Brasil se arrumavam, de costas para o palco, fazendo pose para uma foto de família.
Pelé e Franz Beckenbauer foram os mais aplaudidos desta tarde e noite de sexta-feira em Munique.