O técnico Luiz Felipe Scolari surpreendeu com a convocação de Ramires, que estava fora das listas da Seleção Brasileira desde uma polêmica ocorrida no início do ano. Apesar de até o presidente da CBF, José Maria Marin, ter indicado que o meio-campista dificilmente voltaria a receber oportunidades, Felipão contrariou o chefe e decidiu dar uma nova chance ao atleta do Chelsea.
“Não é o Marin que convoca. Quando me convidou para ser técnico, ele me deu totais condições e faço as convocações. Ontem (terça) à tarde, o Marin tinha a lista de jogadores. Este atleta teve uma dificuldade, nós entendemos e conversamos minimamente. Ninguém diz que será cortado ou permanecerá, dependerá de suas condições técnicas”, justificou o treinador.
O volante do Chelsea estava com lesão na coxa direita em março e, por isso, não enfrentou a Itália, na Suíça, mas deveria ter se apresentado para avaliação dos médicos da Seleção em Londres antes do duelo contra a Rússia na cidade. Porém, o jogador chegou depois do combinado, foi cortado e acabou esquecido também para a Copa das Confederações.
Quando a lista de escolhidos para o torneio foi divulgada, a esposa de Ramires ainda fez duras críticas à CBF, falando em “máfia” e “panela”. Por causa do problema, Marin ficou irritado e, mesmo sem citar o nome do jogador, deu a entender que não o queria mais na Seleção, em entrevista ao jornal O Globo. Mas Felipão não seguiu o recado e espera agora colocar um fim na polêmica.
“Ele tem jogado e estamos observando, porque a Seleção Brasileira está em primeiro lugar. Foi explicado da nossa parte e da dele. Agora, está convocado novamente e tem a opção de trabalhar. Vamos conversar no momento adequado”, acrescentou.
Durante sua entrevista coletiva desta quarta, depois de ter anunciado a lista para os amistosos contra Austrália e Portugal, Felipão adotou um tom conciliador. “Um ou outo probleminha pode ser resolvido com conversa e, depois, temos de ver no futuro. Se tiver futebol, a pessoa pode jogar na Seleção até 2050”, completou.
