O grande duelo do grupo H da Copa do Mundo acontecerá logo na estréia. Amanhã, às 10h, Espanha e Ucrânia se enfrentam no estádio Zentralstadion, em Leipzig, tentando largar na frente rumo à segunda fase do Mundial.
A expectativa dos espanhóis é de, pelo menos, chegar às semifinais e, assim, repetir a melhor campanha da sua história, o quarto lugar obtido em 1950, no Brasil. Os ucranianos nunca disputaram o torneio, mas contam com o atacante Shevchenko, negociado do Milan para o Chelsea, para fazer uma boa campanha.
Luis Aragonés, técnico da Espanha, declarou que este tem tudo para ser um dos jogos mais bonitos da Copa do Mundo, pela forma de jogar das duas equipes. Ele acredita em um confronto de muitos gols. “Espanha e Ucrânia são duas equipes com características ofensivas e com vocação para o gol. Portanto, acredito num grande espetáculo e, pelo que vi deste torneio, tenho certeza de que será um dos melhores jogos”, afirmou o treinador.
Os jogadores são puro otimismo. A Espanha, historicamente, não leva sorte na Copa do Mundo. Quando tem times competitivos, cai jogando melhor do que o adversário ou por um simples erro de arbitragem, como aconteceu em 2002, quando foi muito prejudicada diante da Coréia do Sul. Mas, para o atual elenco, isso vai mudar.
“Esperamos poder acabar com essa má sorte que acompanha o futebol espanhol e chegar a uma final de Copa do Mundo. A Espanha precisa deixar de ser o time que nunca chega. Quem sabe Deus não está reservando algo bom para a gente este ano”, esperançou-se o goleiro Casillas.
Para este jogo, o treinador espanhol preferiu poupar o atacante Raúl, que se recupera de uma lesão no joelho direito e começará a partida no banco de reservas. Já o brasileiro naturalizado espanhol Marcos Senna tem a chance de iniciar o duelo entre os titulares.
A Ucrânia vive um drama antes de sua estréia. O técnico Oleg Blokhin ainda não sabe se poderá contar com o astro do time, Shevchenko, que se lesionou jogando pelo Milan no início de maio e se recupera de uma lesão no joelho. Ele vem treinando com o grupo, mas como não se sente muito firme, poderá ser poupado.
“Temos que pensar que o jogo com a Espanha é o primeiro de três na primeira fase. Depois, teremos Arábia Saudita e Tunísia. Portanto, é preciso administrar com inteligência a situação do Shevchenko”, disse Blokhin, que vai definir apenas no vestiário se escala o astro do time ou Vashchuk, que está de sobreaviso.
As duas seleções se enfrentaram em duas ocasiões anteriores, ambas nas Eliminatórias para a Euro 2004. O primeiro encontro, em Kiev, terminou com um empate por 2 x 2, mas, no jogo de volta em Elche, os espanhóis venceram por 2 x 1.