O ex-centroavante Ronaldo participou de um fórum de gestão esportiva nesta sexta-feira, em São Paulo. Descontraído, ele poupou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de críticas, citou a eliminação do Corinthians na Libertadores-2011 e lembrou das “Barbies” que conheceu na Holanda.
A polêmica em torno do rebaixamento da Portuguesa à Série B do Campeonato Brasileiro domina o início dos campeonatos nacionais organizados pela CBF. Questionado se a entidade presidida por José Maria Martin é uma boa gestora para os clubes, Ronaldo hesitou.
“Você tem dúvida? Precisa da minha opinião? Já sei até a manchete (dos jornais) amanhã”, disse o ex-jogador, arrancando risos e causando expectativa na plateia. “Falo ou não falo? Não vou falar nada”, acrescentou Ronaldo, convidado por Ricardo Teixeira, presidente anterior da CBF, para atuar no Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo.
Ele também foi questionado sobre o final de sua trajetória como jogador. Então centroavante do Corinthians, o astro participou da traumática derrota diante do Tolima ainda na fase seletiva da Copa Libertadores-2011, o que contribuiu com a decisão de se aposentar.
“Tive um grande incentivo (para encerrar a carreira). Enfrentamos um time pequeno da Colômbia, mas que foi gigante contra nós e perdemos. A Libertadores era o sonho da torcida corintiana e voltei completamente destroçado”, lembrou Ronaldo, já debilitado fisicamente na época.
“Quando você entra em campo, as pessoas não querem saber se está com dores ou não. Tem que jogar e ganhar. Se não ganhar, quebram sua casa e seu carro. Eu já estava todo quebrado e podiam quebrar até a minha cara, que já é feia”, disse o ex-jogador, irreverente.
Um dos espectadores do fórum de gestão esportiva ainda questionou Ronaldo sobre seu aprendizado no PSV Eindhoven. Após uma rápida passagem de sucesso pelo Cruzeiro, o centroavante dentuço e franzino, então com apenas 17 anos, foi contratado pelo clube holandês.
“Eu era muito jovem na Holanda, mas tenho boas lembranças”, disse Ronaldo, com um sorriso no canto da boca. “Era de fato uma fábrica de Barbies. Precisa de detalhes? Não, né?”, completou o antigo centroavante, que deixaria o PSV para brilhar no Barcelona em 1996.
