Para apimentar ainda mais o embate, o time do Parque São Jorge entra em campo carregando o peso de estar sem vencer o rival desde a final do Paulistão de 2003. Desde então, foram 11 jogos, com sete vitórias do São Paulo e quatro empates (sem contar o triunfo do Tricolor anulado no Brasileiro de 2005).
“Tabu é chato. Nós sofremos com isso e sabemos que o torcedor sofre ainda mais porque tem aquela rivalidade toda nas ruas. Mas, com certeza, vamos entrar com toda força possível para quebrar esse tabu”, garante o meia Roger, destaque do Timão para o jogo.
Do lado do São Paulo, a ordem é esquecer a seqüência de vitórias sobre o rival. Afinal, a derrota em um clássico sempre gera conseqüências, e o Tricolor não quer perder sua estabilidade. “Não faço parte de todo esse tabu. Estou faz só um ano aqui. Não sou chegado a isso. Cada jogo é uma história. Temos que ganhar sempre o próximo”, avisou o técnico Muricy Ramalho.
Ainda por cima, o Tricolor optou por uma preparação tranqüila, deixando de lado as polêmicas com os rivais. Por isso, Muricy Ramalho considerou normais as declarações do início de ano de Emerson Leão, que classificou o São Paulo como o time a ser batido em 2007. ”Acho que somos somente um bom exemplo para todos, como um time organizado. O Leão fala isso porque viveu isso aqui de perto”, afirmou.
Como se o duelo em si já não fosse suficiente para entusiasmar o torcedor, a briga pelos dois clubes entre os líderes do Paulistão também serve para dar um sabor a mais na disputa no Morumbi. Os dois rivais somam os mesmos 15 pontos no Paulista, mas o time de Leão leva vantagem nos critérios de desempate e por isso ocupa o terceiro lugar.
”O São Paulo está em um momento em que a vitória é necessária”, admitiu o zagueiro Miranda, que também quer superar o rival para ganhar ânimo no início da disputa da Libertadores da América contra o Audax Italiano, do Chile. ”O Corinthians é mais um passo, um clássico muito importante para iniciarmos bem a semana”, completou.
A propósito, o vencedor do clássico pode até mesmo terminar o fim de semana na liderança do Estadual, em caso de tropeços de Santos e São Caetano. Para buscar então os três pontos, o comandante corintiano pode manter para o clássico a mesma equipe que venceu na rodada passada, com a possibilidade de Willian ganhar uma oportunidade entre os titulares na vaga de Arce.
No entanto, a principal dúvida que o torcedor corintiano espera desvendar atende pelo nome de Nilmar, que está recuperado da lesão no joelho, mas ainda corre para tentar provar a Leão que tem condições físicas de entrar em campo.
Já no São Paulo, Muricy Ramalho também adota a tática do mistério. Na última partida, ele voltou ao esquema 4-4-2, já que contou com a estréia do volante Fredson. Na zaga, a novidade é a volta de André Dias, que cumpriu suspensão. No ataque, Aloísio também deve superar uma lesão muscular. A grande esperança de gols do campeão brasileiro é o meia Lenilson, que, nas últimas duas rodadas, balançou as redes em três oportunidades.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X CORINTHIANS
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 11 de fevereiro de 2007, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Paulo César de Oliveira
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Vicente Romano Neto
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Reasco, André Dias, Miranda e Jadilson; Josué, Fredson, Lenilson e Hugo; Leandro e Aloísio
Técnico: Muricy Ramalho
CORINTHIANS: Marcelo; Marinho, Marquinhos e Betão; Rosinei, Marcelo Mattos, Magrão, Roger e Élton; Wilson e Arce (Willian)
Técnico: Emerson Leão.
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