Esta foi a primeira atividade com bola na preparação para o Mundial. Primeiro, os jogadores brasileiros realizaram um aquecimento sob supervisão dos preparadores físicos Moraci Sant´anna e Paulo Paixão. Depois, o grupo ficou dividido em dois times que se enfrentaram no tradicional dois toques.
Então, o técnico Carlos Alberto Parreira começou a ajustar a pontaria dos atacantes brasileiros. Dividido em trios, os jogadores ofensivos brasileiros enfrentavam dois defensores antes o arremate. Mais tarde, os zagueiros também começaram a treinar chutes a gol e os goleiros foram mais exigidos.
Após uma hora e dez minutos de treino, os preparadores físicos voltaram a campo e comandaram um alongamento nos atletas. Enquanto isso, Dida, Rogério Ceni e Júlio César faziam um treinamento específico de goleiros.
Na saída de campo, a torcida presente em bom número no estádio de Weggis ainda garantiu alguns autógrafos. Durante o treino, muita gritaria, principalmente quando Ronaldinho Gaúcho pegava na bola ou alguém marcava gols.
O clima da tarde de quarta-feira foi o oposto da atividade realizada pela manhã no mesmo local. Sem a presença da torcida, os brasileiros fizeram exercícios físicos, com exceção de Ronaldo, que apenas correu em volta do gramado, e dos sete atletas que passarem pela última bateria de avaliações em uma clínica.
O atacante brasileiro está em fase final de recuperação da contusão que o afastou das últimas partidas do Real Madrid na temporada. Apesar de ter direito a uma preparação especial, Ronaldo não preocupa, tanto é que participou normalmente do treino da tarde.
Já os jogadores que passaram por avaliações (Dida, Júlio César, Rogério Ceni, Luisão, Edmílson e principalmente Ronaldinho Gaúcho) sentiram o clima criado com a chegada da seleção brasileira na Suíça. Ao chegarem na clínica, os atletas encontraram fãs com máquinas fotográficas na mão para registrar o momento.
A recepção calorosa na Suíça contribuiu para os brasileiros adotarem um discurso otimista nas entrevistas concedidas em zona mista antes do treinamento da tarde. “É sempre muito bom ter esse clima, todo mundo passando energia positiva. Isso nos motiva ainda mais”, disse o meia Ronadinho Gaúcho.
A festa nas arquibancadas, com direito a passistas de uma escola de samba, não preocupa os brasileiros, apesar de Parreira ter dito em sua entrevista coletiva de terça-feira que pode mudar o local de treinamento caso o público atrapalhe a preparação brasileira.