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Futebol

Cafu: capitão incansável

Arquivo Geral

30/05/2006 0h00

Cafu vai à frente. Cruza. Cafu volta correndo. Marca. Chega de novo no apoio. Chuta. Retorna no pique. Dá carrinho. Neste vaivém incessante, nem parece que o capitão do Brasil completará 36 anos no próximo dia 7. Se os quilos a mais de Ronaldo são assunto na seleção, o fôlego de garoto do lateral também é. Para o técnico Carlos Alberto Parreira, trata-se de um fenômeno do futebol.

Com apenas oito dias de treinos, Cafu afirma que está perto da forma ideal. Para a comissão técnica, ele será um dos jogadores brasileiros em melhor estado físico na estréia no Mundial, dia 13 de junho, contra a Croácia, em Berlim.

"Eu já me sinto com 98% da minha condição", disse o lateral-direito na entrevista coletiva de ontem, em Weggis. "O Cafu já está entrando em forma. E os treinos estão apenas começando. É impressionante. Na idade dele, apresentar essa velocidade, esse fôlego, é um fenômeno", já dissera Parreira na véspera. "Fico satisfeito com os elogios. Chegar à quarta Copa na idade que eu estou e ter a confiança do treinador é ótimo", agradeceu o jogador.

O que era um temor há três meses pode ter se tornado um aliado para Cafu. A artroscopia a que ele foi submetido no joelho esquerdo, em fevereiro, não passou de um susto. Pelo contrário. Segundo Parreira, ele irá tirar proveito dos cerca de 30 dias em que ficou sem jogar pelo Milan. "Até gostei que ele ficou esse tempo parado. Está descansado."

Cafu não é apenas campeão de fôlego. O lateral busca recordes pessoais na Alemanha. Ele pode tornar-se o brasileiro com mais jogos em Copas do Mundo. Tem 16 participações, contra 18 de Dunga e Taffarel. O lateral, que já é o único no mundo a ter disputado três finais seguidas, tendo vencido duas, poderá ser o primeiro capitão a erguer duas vezes o troféu da Fifa.

Credencial de títulos não falta a Cafu. Desde que se tornou profissional, em 1991, conquistou praticamente um título por ano. Só não deu volta olímpica em 1998 e 2000. Nos seus 15 anos de carreira, o lateral só não disputou uma decisão em 2000. (Agência Estado)

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