Campeão mundial sub-17 e com seus clubes fazendo boas campanhas em competições internacionais, o México chega à Copa do Mundo pela primeira vez como cabeça-de-chave. Encara o Irã às 13 horas deste domingo, no Frakenstadion, em Nuremberg, pelo jogo de abertura do grupo D, que conta ainda com Portugal e Angola.
Para superar suas melhores colocações em Mundiais – em 1970 e 1986, quando foi sede da Copa caiu nas quartas-de-final –, o México tem que passar pelo Irã. É assim que pensa o técnico Ricardo Lavolpe. “Ganhar na estréia é algo fundamental. Se isso acontecer, vamos jogar pressão nos nossos adversários e chegaremos mais descansados na segunda fase”, analisou.
O meia Pardo dá uma idéia de como estão os ânimos dos mexicanos para o Mundial. “Se nós jogarmos toda partida como uma final de Copa, como já fizemos na Copa das Confederações, então acredito que nós poderemos mesmo chegar à final”, discursou.
Lavolpe poderá contar com o goleiro Oswaldo Sánchez, que teve que viajar às pressas ao México por causa da morte de seu pai, mas conseguiu retornar a tempo para o primeiro jogo. No ataque, uma dúvida de ordem técnica: Franco e Omar Bravo disputam posição.
Já Irã está sendo o grande foco de tensão desde que seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, ameaçou viajar às Alemanha em caso de classificação para as oitavas-de-final. O dirigente é temido pela sua simpatia ao nazismo e por tentar impor ao mundo uma corrida armamentista. Mas, se depender do histórico de sua seleção, não há motivo para polêmica. Os iranianos só estiveram na Copa duas vezes e nunca passaram da primeira fase. México e Irã só se enfrentaram em um amistoso no dia 9 de junho de 2001, ocasião em que os americanos venceram por 2 a 1.
O técnico Branko Ivankovic, porém, teve uma boa notícia para a “revanche”. Os meias Ali Karimi e Mehdi Mahdavikia estão confirmados após se recuperarem de dores musculares na coxa direita. O treinador confia numa vitória, mas não esconde que uma retranca será armada para bater o adversário.
“Não viemos para a Copa do Mundo apenas para fazer número. Nós sentimos que podemos vencer qualquer um”, confiou. “Mas vamos primeiro nos preocupar em não sofrer gols, para depois ganharmos na base dos contra-ataques. O México é o favorito e ele é que precisa buscar o gol”, incumbiu Ivankovic.
Apesar da empolgação, o time asiático não terá o meio-campo Ferydoon Zandi. Ele abandonou o treino de quinta-feira devido a uma lesão muscular na coxa direita e é desfalque. Uma ressonância magnética revelou que o problema é leve e, a princípio, Zandi poderá jogar na segunda rodada, contra Portugal, 17 de junho, em Frankfurt.
