O goleiro Gianluigi Buffon foi liberado por algumas horas da concentração italiana em Florença para prestar depoimentos na tarde de hoje à polícia de Parma, que investiga um suposto envolvimento do atleta em apostas clandestinas. Durante a manhã, Buffon participou do treino físico normalmente ao lado dos jogadores que se preparam para a disputa da Copa do Mundo da Alemanha.
Depois da atividade, o goleiro deixou a concentração ao lado do dirigente italiano Gigi Riva. Apesar do grande número de repórteres na parta do local, Buffon saiu sem falar com a imprensa e reafirmou que não dará declarações sobre problemas extracampo.
Buffon é investigado por uma suposta ligação com a máfia da arbitragem italiana desmembrada neste último mês. O goleiro é acusado de se beneficiar de informações de favorecimento a algumas equipes, entre elas a Juventus, para participar de apostas utilizando um laranja.
Já o capitão da seleção da Itália, o zagueiro Fabio Cannavaro reclama dos ataques contra seu clube, a Juventus, no caso do escândalo da arbitragem. Segundo ele, clubes como Milan, Inter, Fiorentina e Roma também se envolveram, e não vêm recebendo a mesma atenção que a Velha Senhora.
"Não é só uma questão dos dirigentes da Juventus, era o sistema do futebol italiano inteiro desse jeito. A imagem é esta foi um dirigente da Juve que foi interceptado", protestou o zagueiro. O dirigente a que se refere Cannavaro é Luciano Moggi, que teve ligações para a comissão de arbitragem interceptadas pelo Ministério Público italiano.
Apesar de ter descrito Moggi como “amigo de todos”, o zagueiro da Azzura, defende a punição dos envolvidos, independente do clube. "Se alguém estiver irregular, é justo que se pague. Mas nós estamos, acima de tudo, pensando no Mundial – garantiu o jogador.