Alemanha é linda, tem muito verde e quase tudo funciona à perfeição. Mas o Estádio Bieberer Berger, em Offenbach, local do treino de hoje da seleção – o primeiro aberto ao público na terra da Copa – não é nenhuma maravilha. O gramado foi refeito às pressas, para cobrir ondulações, o piso do vestiário reservado aos pentacampeões do mundo está solto, como manda a tradição da várzea, e a entrada estava suja até terça-feira, para vergonha dos organizadores do evento.
Mas, como alemão gosta das coisas certinhas e em seus devidos lugares, há promessa de que tudo esteja transformado até o início da tarde, como em passe de mágica. Ontem, a comissão técnica da seleção, precavida, preferiu fazer uma vistoria. Enquanto Parreira comandava o treino, Zagallo, o auxiliar-técnico Jairo Leal e o supervisor Américo de Faria partiram para Offenbach, a 22 quilômetros de Frankfurt, para conferir quais as condições da arena. Olharam, examinaram e não fizeram ar de satisfação. Mas deram o OK e treino será realizado.
Também não foi nenhuma novidade o sinal verde. A movimentação aberta ao público, exigência da Fifa, estava confirmada no site da entidade que manda no mundo da bola. Além disso, não há como fugir do compromisso com anfitriões e muito menos com os fãs. Desde terça-feira, não sobrou um dos 25 mil ingressos gratuitos que foram distribuídos para multidão de alemães e brasileiros que querem ver em ação Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Kaká e toda sua turma como degustação antes do pontapé inicial da Copa.
É bem provável que Parreira opte por coletivo – ou, na pior das hipóteses, uma movimentação com bola, que é do que gostam os jogadores e o público. Dessa forma, estará garantida a maior platéia em treinos do Brasil (descontados os dois amistosos). Em Weggis, as arquibancadas montadas sustentavam no máximo cinco mil torcedores. (Ag. Estado)