O Santos pode ser punido por ter feito suposto uso irregular do atacante mexicano De Nigris em dois jogos do Campeonato Brasileiro, contra Goiás e Atlético-PR, e um da Copa do Brasil, contra o Brasiliense. Os curitibanos e os brasilienses apresentaram documentos, provando que a situação do empréstimo do mexicano para o Santos estaria irregular. "Eu tive acesso entre uma e outra queixa do Brasiliense e do Atlético Paranaense", explicou Paulo Marcos Schmitt, procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
De acordo com a CBF, os clubes teriam até o dia 25 de março para fazer a inscrição de atletas estrangeiros no Brasileirão. O vínculo de De Nigris com o Monterrey, segundo o próprio Santos, teria se encerrado no dia 24 e, a partir deste momento, o jogador já seria santista.
Isto porque os dois clubes já haviam assinado uma espécie de "pré-contrato de liberação" do jogador, garantindo a cessão de De Nigris no dia 15 de março. O Santos afirma que a CBF havia sido avisada no dia sobre a chegada de seu novo reforço. O clube avisa não ter sido notificado de qualquer decisão da Justiça sobre a suposta irregularidade.
Porém, o procurador do STJD afirma que o documento do dia 15 não teria validade, já que o vínculo do atacante com o Santos só valeria a partir do final do mês. "O empréstimo foi feito entre 31 de março e 31 de dezembro", enfatizou Schmitt.